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Salafista alemão é preso por associação ao EI

15 de dezembro de 2015

Sven Lau, um alemão convertido ao islamismo, é acusado de enviar jihadistas à Síria e de apoiar uma ramificação do "Estado Islâmico". Na Alemanha, ele é conhecido por ser o líder da "polícia da sharia".

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Sven Lau alias Abu Adam
Foto: picture-alliance/dpa/M. Scholz

O líder salafista Sven Lau foi preso pelas autoridades alemãs nesta terça-feira (15/12) na cidade de Mönchengladbach, no oeste do país, sob acusação de apoiar a organização terrorista JMA na Síria, uma afiliada do "Estado Islâmico" (EI).

A Procuradoria-Geral da Alemanha suspeita que Lau, um alemão de 35 anos convertido ao islamismo, seria a principal pessoa de contato da JMA na região, tendo recrutado dois jihadistas e dado apoio financeiro e logístico à organização.

"Ele é suspeito de ter ajudado uma organização terrorista estrangeira em quatro situações", informaram os procuradores em Karlsruhe. A partir de meados de 2013, a JMA (Jaish al-Muhajireen wal-Ansar – Exército de estrangeiros e apoiadores) teria "estabelecido ligações próximas" com o EI. Ao final do mesmo ano, Lau teria se associado ao grupo.

Ele é acusado de ter comprado três óculos de visão noturna para os extremistas e de ter fornecido pessoalmente a quantia de 250 euros a um deles, em nome da JMA.

"Segundo os resultados das investigações, até o momento, Lau era a pessoa de contato de voluntários que desejavam viajar e combater, particularmente os da cena salafista da região de Düsseldorf", onde ele mantinha contatos próximos com alemães convertidos ao islã, explicou a procuradoria. Ele deverá ser encaminhado nos próximos dias ao juiz do Tribunal Federal que acompanha as investigações.

O salafista alemão ficou conhecido por ser o líder da autointitulada "polícia da sharia", que patrulhava as ruas da cidade de Wuppertal com homens de colete alaranjado que pregavam uma visão radical do islamismo. Eles exigiam que os muçulmanos não frequentassem casas noturnas, não consumissem bebidas alcoólicas ou drogas, não apostassem em jogos de azar, não comparecessem a shows de música e não se envolvessem com prostituição.

RC/afp/rtr/dpa