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Protestos na França

24 de outubro de 2010

As reformas implementadas pelo governo francês têm custado caro ao presidente Nicolas Sarkozy, cujo governo registra níveis baixíssimos de aprovação. População insatisfeita continua nas ruas.

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Tumultos em Lyon nesta semana: conflito escalaFoto: AP

A popularidade do presidente francês, Nicolas Sarkozy, nunca esteve tão baixa: mais de 70% dos franceses desaprovam seu governo. "Eles está tão mal nas enquetes que cair mais é quase impossível", diz Stephen Ekovich, analista político da Universidade Americana em Paris.

A tensão na França continua após a votação da polêmica reforma que prorroga a idade mínima para a aposentadoria no país de 60 para 62 anos. Aproximadamente 25% dos postos de gasolina do país estavam sem combustível neste domingo (24/10), segundo informações fornecidas pelo próprio governo.

As autoridades pediram à população para não encher os tanques de gasolina preventivamente, por ocasião do início das férias escolares no país, a fim de evitar um agravamento da situação.

Tensão continua

Os protestos na França estão se tornando mais veementes. Além das manifestações de escolares e estudantes universitários, continuam as greves nas refinarias de petróleo, o que está causando a falta de combustíveis nos postos.

Streik in Frankreich Rentenreform NO FLASH
Estudantes vão às ruas protestar contra reforma da previdênciaFoto: AP

Jean-François Copé, líder da bancada do UMP (partido de Sarkozy), afirmou à mídia francesa que "o país está paralisado nas mãos de um punhado de extremistas" e que "a economia foi tomada como refém".

Aposta na diplomacia internacional

Sarkozy, que assume em novembro a direção do G20, espera que na posição possa influenciar a política monetária internacional e com isso polir sua imagem em casa. Afinal, esse é um mecanismo que já funcionou no país: quando a França assumiu a presidência rotativa da UE, o presidente ganhou pontos na preferência nacional devido a suas atitudes diplomáticas na esfera europeia.

Especialistas acreditam que Sarkozy irá tentar tomar algumas medidas de caráter popular nos 18 meses restantes de seu mandato, entre elas dar curso a uma reforma fiscal que deverá forçar as camadas mais ricas da população a colocar a mão no bolso. Isso poderá reconciliar a população com o presidente, estimam analistas. Até então, os conflitos, ao que parece, tendem a piorar.

SV/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler