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Schröder defende desenvolvimento sustentável

Marion Andrea Strüssmann16 de maio de 2002

O chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, garantiu que seu governo pretende contribuir efetivamente com o desenvolvimento sustentável mundial.

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Gerhard SchröderFoto: AP

Em seu discurso no Parlamento em Berlim, nesta quinta-feira (16), o chefe de governo alemão alertou para os perigos de limitar o desenvolvimento sustentável à ecologia. Para ele, outros setores são imprescindíveis para a concretização desta meta.

Tanto a política fiscal como o saneamento orçamentário, a nível nacional, quanto a globalização, a nível mundial, estão inseridos no desenvolvimento sustentável, frisou o presidente do Partido Social Democrático (SPD).

O chanceler federal salientou a importância de suspender medidas que visam proteger o mercado interno. Para ele, é importante oferecer oportunidades honestas de negócio ao Terceiro Mundo: "A globalização em si não é boa nem ruim. Para os países em desenvolvimento, entretanto, representa a chance de propiciar à população mais bem-estar social. Quem luta contra a abertura de mercado está empurrando esses países para a pobreza."

Um maior incremento do mercado internacional traria benefícios para todas as camadas da sociedade. Tal objetivo, entretanto, necessitaria ser organizado a partir de uma base política. A globalização, afirmou Schröder, precisa de um direcionamento político que priorize a sustentabilidade ecológica, econômica e social.

Balanço Positivo -

Gerhard Schröder fez um balanço positivo de seu governo no cumprimento dos acordos firmados na conferência de cúpula ecológica no Rio de Janeiro em 1992. Na ocasião, os países participantes se comprometeram a elaborar estratégias internas para garantir o desenvolvimento sustentável em seus territórios, a serem apresentadas na próxima reunião, que acontecerá este ano, em Johanesburgo.

Para a cimeira na África do Sul, o governo alemão aprovou há quatro semanas um pacote de 21 metas, que incluiu desde temas ambientais como proteção do clima e da natureza, até melhoria das condições de vida e de trabalho, do sistema de saúde, da segurança interna, envolvendo ainda a luta contra a criminalidade.

A partir de 2004, o governo alemão irá apresentar a cada dois anos um relatório sobre o resultado dos trabalhos voltados ao desenvolvimento sustentável, contendo uma especificação detalhada da contribuição federal, estadual e municipal para o alcance dos 21 objetivos.

Críticas -

Angela Merkel, presidente da União Democrata-Cristã (CDU), partido de oposição, criticou o discurso de Schröder, alegando que em alguns pontos a Alemanha ainda está longe de atender a todas as determinações da Rio 92.

A redução de emissão de gases poluentes até 2005 no território alemão é uma meta que dificilmente será alcançada, garantiu Merkel. Quanto à questão da globalização, ela disse que de nada adianta querer incrementá-la se não forem transpostos os velhos preconceitos arraigados na sociedade.

Greenpeace em alerta -

O porta-voz da seção alemã do Greenpeace, Stefan Krug, elogiou as medidas do governo em prol do desenvolvimento sustentável, mas fez algumas ressalvas quanto à política ambiental. "Em relação ao conteúdo ecológico, as propostas são vagas e ainda deixam muito a desejar."