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Schröder: Vídeo de Bin Laden justifica guerra antiterror

Estelina Farias14 de dezembro de 2001

Chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, diz não haver mais dúvida sobre a necessidade da guerra contra o terrorismo.

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John Ashcroft (e) e Otto Schily conversam em BerlimFoto: AP

Para o governo da Alemanha, o vídeo que os Estados Unidos exibiram na quinta- feira (13), mostrando Osama Bin Laden a vangloriar-se pelo pior atentado da história da humanidade, prova que o extremista islâmico é o responsável pelos atos terroristas de 11 de setembro. "A fita mostra uma degeneração moral que vai além da imaginação humana", disse o ministro alemão do Interior, Otto Schily, depois de conversar com o secretário da Justiça dos EUA, John Ashcroft, em Berlim.

"O vídeo acabou com as últimas dúvidas sobre a necessidade da luta antiterror, avaliou o chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, à margem do encontro de cúpula dos chefes de Estado e de governo da União Européia, em Laeken, na Bélgica.

Poucas horas antes de o Parlamento alemão votar o segundo pacote de medidas antiterror, depois dos atentados em Nova York e Washington, o secretário da Justiça norte-americano agradeceu ao governo alemão a cooperação no combate ao terrorismo. Ashcroft destacou especialmente os esforços do gabinete social-democrata e verde para secar as fontes financeiras de organizações terroristas na Alemanha e na UE. Ele elogiou também as reformas legais, como a que possibilitou a proibição da organização radical islâmica Estado Califa, na quarta-feira (12), com mais de 1.100 membros e ligação comprovada com Bin Laden.

As reações em Berlim são observadas com atenção especial nos EUA, uma vez que o suposto líder dos atentados com mais de 3.000 mortos, Mohammed Atta, estudou e planejou tudo na Alemanha. No vídeo, Bin Laden cita Mohammed Atta como líder do grupo de terrroristas que chocaram dois aviões com o World Trade Certer, em Nova York, e um terceiro com o Pentágono.

"Eu estou aqui para expressar minha apreciação da cooperação dessa grande nação e de outros países no confronto com o terrorismo internacional", disse o secretário da Justiça norte-americano. Ele já esteve em Londres, Paris e Madri e está seguindo agora para Roma. Ashcroft e Schily conversaram também sobre o plano polêmico dos EUA para que os supostos terroristas sejam julgados por um tribunal militar americano. Os críticos acusam Washington de querer eliminar os direitos fundamentais dos suspeitos que venham a ser, eventualmente, extraditados para julgamento nos Estados Unidos.