Schumacher: as imagens de uma carreira

A temporada de 2005 foi a pior de Schumacher desde sua transferência para a Ferrari em 1996. De 1994 a 2004 ele dominou a Fórmula 1. Na foto, o carro de Schumi é retirado da pista, após colisão com Nick Heidfeld (06/03/05).

A fama de Michael Schumacher não tem limites, nem fronteiras. Seu merchandising está presente nas mais diversas formas e em vários países. <p>O fenômeno do automobilismo já foi tema na arte. Na foto, uma colagem com fotos do piloto, de autoria do artista alemão Volker Hildebrandt. O quadro foi apresentado na exposição internacional de arte Art Cologne.

O sétimo título estava garantido já em agosto, com a segunda colocação no GP da Bélgica. O campeão da prova e grande rival, o finlandês Kimi Raikkonen, não tinha mais condições de alcançar Schumacher até o final da temporada. <p>O piloto alemão venceu 13 (recorde!) das 17 provas disputadas nesse ano (abandonou em Mônaco; chegou em segundo na Bélgica e na Itália; e em 12º na China).

No dia 10 de junho de 2002, os irmãos Schumacher subiram juntos ao pódio, pela primeira vez. Mas a ordem costumeira ficou invertida: o vitorioso no GP do Canadá, em 2002, foi Ralf Schumacher.

Michael chora após a vitória no GP de San Marino, em 20 de abril de 2003, sua primeira vitória na temporada. <p>Na manhã daquele domingo, os irmãos Schumacher haviam sido avisados da morte da mãe, Elisabeth, de 55 anos, hospitalizada na Clínica Universitária de Colônia. Mesmo assim, ambos cumpriram seus compromissos como pilotos.

O legendário Juan Manuel Fangio (a foto mostra o piloto argentino em 1956, por ocasião do seu quarto título mundial) é o ídolo e o modelo da carreira de Michael Schumacher. Fangio conquistou um total de cinco títulos mundiais, quatro deles em anos consecutivos. Esse recorde só foi igualado com a conquista do título de 2002 por Michael Schumacher.

No GP da Malásia, em 1999, os dois pilotos da Ferrari, Michael Schumacher e o irlandês Eddie Irvine, foram desqualificados depois de terem vencido a corrida. Irvine chegou em primeiro lugar e Schumi, em segundo. <p>A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) considerou o novo aerofólio adicional (marcado pelo círculo branco) da Ferrari como uma violação dos regulamentos.

Entre o brasileiro Felipe Massa e o finlandês Kimi Raikkonen, Schumacher comemora sua última vitória no Grande Prêmio da Alemanha, no circuito de Hockenheim, em 30 de julho de 2006. Massa ficou em segundo, Raikkonen, em terceiro lugar na corrida.

No dia 11 de julho de 1999, Michael Schumacher teve o seu mais grave acidente na Fórmula 1, durante o GP da Inglaterra em Silverstone. Ele fraturou uma perna e, com isso, perdeu a chance de disputar o título mundial de 1999.

O heptacampeão coleciona títulos e recordes não só dentro dos circuitos de Fórmula 1. Em 2004, Michael Schumacher foi proclamado o Esportista do Ano na Alemanha. Como não pôde comparecer à cerimônia de entrega do troféu, enviou seus agradecimentos através do telão.

Com o F2005, nas pistas a partir de maio, a Ferrari tenta o sétimo título consecutivo de construtores. Segundo o sul-africano Rory Byrne, projetista da Ferrari, o chassi é completamente novo, tanto em sua forma, quanto nos materiais usados e no desenho da estrutura. Tudo foi feito em função da aerodinâmica, para deixar o carro mais leve diante das novas regras para este ano.

Apesar de todos os seus triunfos esportivos, Schumacher classifica o 5 de agosto de 1995 como 'o dia mais feliz da minha vida'. Nesse dia, ele se casou com a namorada, Corinna Betsch. Desde então, a vida do casal nunca foi manchada por qualquer tipo de escândalo. <p>O piloto demonstra enorme zelo em manter a sua vida privada longe dos olhos da opinião pública. O casal tem dois filhos: a primogênita Gina Maria nasceu em fevereiro de 1997 e o caçula Mick, em março de 1999.

Em 2003, o então hexacampeão e sua F2003-GA desafiaram o caça europeu Eurofighter Typhoon na Itália. O jato venceu duas das três corridas, percorridas em 600, 900 e 1200 metros.

Os números falam por si: sete títulos mundiais, 91 vitórias, 154 vezes no pódio, 68 pole positions, 74 voltas mais rápidas. Michael Schumacher bateu quase todos os recordes da Fórmula 1. Apenas um lhe falta: o de piloto que participou do maior número de GPs, que pertence ao italiano Riccardo Patrese (256). Para bater esta marca, Schumacher (250 corridas) teria de continuar nas pistas por mais algum tempo.

No início da temporada de 2003, Michael Schumacher e seu colega de equipe, o brasileiro Rubinho Barrichello, apresentaram à imprensa o seu novo carro. O modelo recebeu o nome de F2003GA. <p>A abreviatura GA é uma homenagem a Gianni Agnelli, falecido em janeiro de 2003, presidente de honra da Fiat, à qual também pertencem a escuderia e a marca Ferrari.

Com o êxito esportivo, veio também o êxito financeiro. Com isto, a residência da família em Vufflens-le-Château, na Suíça, tornou-se muito pequena para atender a todos os desejos. Os Schumacher começaram a fazer planos para uma mansão bem grande, com uma cavalariça para que Corinna se possa dedicar ao seu passatempo, a equitação.

A carreira começou bem cedo, num kart. No ano de 1973, Michael Schumacher tinha 4 anos quando pilotou um bólido, pela primeira vez, no kartódromo administrado por seu pai Rolf na cidade de Kerpen, perto de Colônia. Em 1987, ele conquistou o seu primeiro título internacional: melhor piloto de kart de toda a Europa. Mesmo após tantas glórias na Fórmula 1, o piloto continua fascinado pelas corridas de kart.

Com dois títulos mundiais no bolso e uma enorme fama, Schumacher trocou de escuderia, passando para a Ferrari. O bólido italiano ainda apresentava muitos problemas técnicos, quando Schumi ganhou o primeiro GP para a sua nova equipe, em 11 de maio de 1997. Era a quinta prova da temporada: o GP de Mônaco.

Com o triunfo de Michael Schumacher no GP dos Estados Unidos em Indianápolis, no dia 28 de setembro de 2003, seu sexto título mundial ficou ao alcance das mãos. Na penúltima corrida do ano, Schumi largou em sétima posição e ultrapassou todos os concorrentes, ganhando a prova com grande soberania.

Em 1989, Schumacher fez a sua estréia na Fórmula 1 no Grande Prêmio da Bélgica, com a escuderia Jordan. Três anos depois, como piloto da Benetton, conquistou em Adelaide (Austrália) o seu primeiro título mundial na categoria máxima do automobilismo esportivo. Antes dessa última corrida, o piloto alemão dispunha de apenas um ponto à frente do seu grande rival daquela época, o inglês Damon Hill. <p>Os dois pilotos envolveram-se num acidente e não puderam terminar a prova. Schumi, como é carinhosamente chamado na Alemanha, sagrou-se campeão, mas com o sabor amargo da suspeita de que provocara propositadamente o acidente, a fim de eliminar Hill.

Gina Maria acompanha, com olhar angustiado, o trabalho no boxe da Ferrari. Para ela, não vale nem mesmo o conhecido adesivo com os dizeres 'Não corra, papai' para ser colado no painel do carro. <p>Correr é a profissão do papai Schumi. Sempre que pode, Corinna e as crianças acompanham o campeão nas suas viagens pelo mundo.

Schumacher comemora na Malásia no ano 2000. O primeiro êxito com a escuderia italiana tardou, só chegando cinco anos depois que Michael conquistara o seu segundo título mundial. <p>Para a Ferrari, a vitória era ainda mais urgente: a equipe italiana não conquistava um título mundial há 21 anos, quando o sul-africano Jody Scheckter se sagrara campeão, em 1979.

No ano de 1997, Ralf Schumacher – o irmão mais novo de Michael – fez a sua estréia na Fórmula 1, também com a equipe de Eddie Jordan, a mesma escuderia em que o campeão iniciara a sua carreira. Seis anos mais novo que Michael, Ralf integra hoje a equipe da Toyota.

Um papel-chave na carreira de Michael Schumacher é desempenhado pelo seu empresário e amigo, Willi Weber (*26/03/1942). <p>O veterano dispõe de contatos excelentes em todo o circo da Fórmula 1 e é também o empresário de Ralf Schumacher.

Fora das pistas, Schumi jamais se esqueceu da sua responsabilidade em relação aos que tiveram menos sorte na vida. O piloto alemão patrocina inúmeras organizações caritativas e é, desde 1995, um dos embaixadores da Unesco.

O GP da Áustria, em maio de 2002, gerou uma grande polêmica internacional a respeito da política dentro da escuderia Ferrari. Cumprindo determinação de Jean Todt, o chefe da equipe, o piloto brasileiro Rubens Barrichello deixou que Michael Schumacher o ultrapassasse nos momentos finais da corrida e ganhasse assim o GP. <p>Com isso, o alemão conquistou 10 pontos no campeonato mundial, em vez dos 6 pontos que lhe teriam correspondido, se chegasse em segundo lugar.