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Schumacher testa Ferrari menos de 24 horas após acidente

Marcio Weichert1 de fevereiro de 2002

Piloto substitui Badoer, que ficou resfriado. Alemão ironiza preocupação de repórteres com seu acidente em Barcelona. Imprensa italiana na pista da nova Ferrari.

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Schumacher (dir.) e o chefe de equipe da Ferrari, Jean TodtFoto: AP

Michael Schumacher é mesmo viciado em Fórmula-1. Um dia após seu 14º acidente grave, em Barcelona, o piloto alemão sentou-se novamente no cockpit de uma Ferrari. Desta vez em Mugello, perto de Florença, na Itália. A priori, Schumi iria aguardar a apresentação do novo carro para retomar os treinos. No entanto, o piloto de testes Luca Badoer pegou um resfriado e o tetracampeão mundial não agüentou a coceirinha nas mãos, sedentas por um volante.

Ao aparecer de surpresa no autódromo da Toscana, onde prosseguiu com os testes de novos componentes, o alemão garantiu não ter sofrido nada no acidente da véspera. "Estou absolutamente bem. Já ontem não tinha nenhum problema e passei uma noite tranqüila. O que me ajudou foi que o carro bateu de traseira contra a barreira de pneus", acrescentou Schumacher, que ainda tirou sarro da preocupação dos repórteres: "De costas não é tão ruim, pois se tem uma espécie de travesseiro" para amortecer o impacto atrás da cabeça.

Enquanto a Ferrari investiga uma possível associação entre o acidente do alemão e os dois sofridos por seu parceiro, Rubens Barrichello, em menos de uma semana, o tetracampeão insiste na tese de que foi responsável, ao menos, por seu próprio desastre. "Ao frear, sai com a roda da pista e então perdi o controle do carro. Foi claramente erro meu. Mas é assim mesmo. Num teste, tenta-se andar no limite e acidentes como este fazem parte. Como já disse outras vezes: quando eu sei o que ocorreu, esqueço logo o acidente. O mais importante é que, afinal, nada aconteceu com o Rubens e comigo", relatou.

A imprensa italiana, por sua vez, parece ter descoberto a razão da Ferrari vir fazendo testes tão intensos e freqüentes com os carros do ano passado, destruídos em Barcelona. Segundo o Corriere della Sera, o novo modelo, a ser apresentado no dia 6, seria concebido num sistema de módulos, de modo que suas partes podem ser substituídas e combinadas. Os principais elementos do carro velho e do novo seriam absolutamente compatíveis. Isto é, o chassi de 2001 pode ser equipado com o motor e a caixa de marchas desenvolvidos para este ano.