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Seleção Alemã nega clima tenso na concentração

mw7 de junho de 2002

Derrota no último minuto para Irlanda teria sido balde de água fria, mas jogadores já estariam recuperados do baque. Comissão técnica mantém-se otimista com classificação.

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Bierhoff disse ser normal insatisfação entre reservas que ainda não jogaramFoto: AP

Jogadores, comissão técnica e dirigentes rebateram, nesta sexta-feira, as insinuações da imprensa alemã de baixo astral e desunião na concentração de seu selecionado nacional em Miyazaki, no Japão. Jornalistas alemães também especularam, nos dois últimos dias, sobre as verdadeiras condições físicas da equipe, especialmente a do armador Ballack, com problemas no pé desde antes da Copa do Mundo.

"Que alguns se deixaram abater demasiado após o jogo contra a Irlanda, é uma coisa natural. Mas um dia depois, o empate já era coisa do passado. Não nos importa o que os outros dizem fora da concentração", declarou o goleiro e capitão Oliver Kahn.

Reservas querem jogar

– O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB) e chefe da delegação, Gerhard Mayer-Vorfelder, garante que "nunca vivenciou ambiente tão bom" na seleção, mas admite que alguns jogadores reservas mostram-se descontentes por ainda não terem entrado em campo.

O ex-capitão e atacante Oliver Bierhoff, que entrou em ambas as partidas no meio do segundo tempo, confirma haver insatisfação entre alguns colegas. "É absolutamente normal que aqueles jogadores que, após dois jogos, ainda não foram aproveitados questionem sua situação. Afinal, todos querem jogar. Mas daí se concluir que o bom relacionamento no grupo esteja ameaçado é besteira. Todos queremos juntos ser bem sucedidos", afirmou o herói da conquista da Eurocopa de 1996.

Artilheiro contundido

– O capitão Kahn reagiu também às críticas de Franz Beckenbauer de que faltaria um líder em campo. "Como goleiro, Kahn fica muito atrás. É preciso alguém que comande a equipe no meio", cobrou o Kaiser do futebol alemão na tevê. "Existem muitas formas de se ter sucesso. Não acho que precisemos de um chefe. Vivemos de nossa determinação", respondeu Kahn ao presidente de seu clube, o Bayern de Munique.

Por sua vez, o médico Tim Meyer contesta as suspeitas de falta de condições físicas dos jogadores. "A equipe alemã está em forma. Discutir isto parece falta de assunto", disse. O atacante Klose e o zagueiro Metzelder, porém, não estão treinando. Nesta sexta-feira, passaram o dia fazendo apenas fisioterapia. "Mas ambos estarão à disposição para enfrentar Camarões", assegura Michael Skibbe.

Decisão contra Camarões

– O que o auxiliar técnico não garante é um novo repeteco da escalação do time que começou jogando contra a Arábia Saudita e a Irlanda. "No momento, estamos analisando o adversário e, nos próximos dias, Rudi (Völler, o técnico) e eu decidiremos se mudaremos um ou outro jogador", informou Skibbe, que esteve na quinta-feira em Shizuoka para observar a atuação de Camarões contra a Arábia Saudita (1x0).

"Vamos enfrentar um adversário muito forte, mas vamos ter de tirá-lo do torneio. Somente uma das seleções chegará às oitavas-de-final e esta será a Alemanha", afirma confiante. O goleiro Kahn igualmente não vê motivo para desânimo. "Estamos agora sob pressão e temos de provar que podemos agüentar uma situação assim. Contra a Ucrânia (na repescagem das Eliminatórias), já superamos tal pressão duas vezes."

Para classificar-se a Alemanha precisa apenas de um empate com o time africano. Caso perca, será a primeira eliminação da história de uma Seleção Alemã ainda na primeira fase.