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Seleção alemã treina em segredo

Marion Andrea Strüssmann28 de maio de 2002

A quatro dias da estréia na Copa do Mundo 2002, a seleção alemã mantém segredo sobre as táticas previstas para o jogo contra a Arábia Saudita e treina sem a presença do público.

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Rudi Völler, técnico da seleção, ordenou discrição máxima.Foto: AP

Os dois campos que estão à disposição da seleção alemã para os treinos finais parecem locais de segurança máxima. Tanto os jogadores quanto os técnicos são escoltados como se fossem chefes de governo. Chegar até eles é praticamente inviável. Descobrir algo inédito, então, é uma tarefa impossível. A imprensa só tem acesso às informações que a própria seleção deseja divulgar.

Tanto segredo tem apenas um objetivo: evitar que as equipes adversárias conheçam o estilo da seleção alemã e tentem tirar algum proveito. "Isso não é nenhuma novidade", esclareceu o goleiro Oliver Kahn, também capitão da equipe. "Seria uma grande bobagem se permitíssemos que o adversário estudasse nossas táticas. O que queremos agora é treinar em paz e, portanto, ninguém precisa ficar assistindo."

O técnico Rudi Völler ordenou discrição máxima. "Não pretendemos ficar de segredinhos por aí. Mas em algumas ocasiões é importante que os treinos sejam reservados para que haja mais concentração", afirmou o treinador de 43 anos, que acumula a experiência de ter participado de três campeonatos mundiais como jogador.

Jogo decisivo -

A seleção da Alemanha irá enfrentar a Arábia Saudita no próximo sábado (01/06). Para o capitão Oliver Kahn, o jogo será importantíssimo. "Nossa estréia na Copa do Mundo 2002 é decisiva para que possamos avaliar as reais chances de chegar à final. Por isso vamos entrar em campo contra a Arábia Saudita como se fossemos disputar uma final."

Kahn lembrou da estréia da Alemanha na Copa do Mundo de 1990 na Itália, quando o selecionado alemão venceu por 4 x 1 a Iugoslávia. Na ocasião, a equipe comandada pelo técnico Franz Beckenbauer fez tanto furor que conseguiu uma série de vitórias e ainda derrotar a Argentina na final, conquistando o terceiro campeonato mundial.

Bons de bola -

"Seria ingênuo de nossa parte menosprezar os jogadores sauditas", completou o goleiro. O assistente de Rudi Völler, o também técnico Erich Rutemöller compartilha a mesma opinião. Ele já acompanhou duas partidas do selecionado saudita e garantiu que os rapazes são bons de bola e sabem atuar em campo. A única falha na equipe seriam os toques de cabeça.

Espírito de equipe -

Com a proximidade da partida de estréia no Japão, aumentam o nervosismo e a expectativa entre os jogadores alemães. Reações absolutamente normais, segundo Oliver Kahn. Isto não significa, entretanto, que os craques venham a exibir um comportamento amadorístico. O forte, aliás, é justamente o espírito de equipe.

"O bom relacionamento entre os jogadores me deixa bem otimista. E isso não é conversa mole. Eu estou realmente convencido de que iremos longe nesta Copa", concluiu o capitão Oliver Kahn, eleito o jogador do ano na Alemanha.