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Semana de Kiel tem deficientes físicos pela primeira vez

27 de junho de 2002

Sucesso em Sydney e desejo de sediar Olimpíada de 2012 levam maior festa da vela mundial a incluir no programa classe para velejadores portadores de deficiência física. Nas classes olímpicas, brasileiros não vão bem.

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Ventos fortes são atração e desafio nas raias da cidade alemã no Mar BálticoFoto: AP

Depois de os velejadores alemães portadores de deficiência física brilharem na Paraolimpíada de Sydney, há dois anos, a Semana de Kiel abriu finalmente suas raias para eles. Também concorreu para a decisão a candidatura da cidade do norte alemão para sediar as provas de vela da Olimpíada de 2012. "Queremos mostrar que podemos não só promover Jogos Olímpicos sensacionais, mas também os paraolímpicos", afirma o prefeito Norbert Gansel.

Os portadores de deficiência correm na recém-criada e provisoriamente batizada Classe 2.4mR. Tal como esperado, o alemão Heiko Kröger domina a classificação, com três vitórias em quatro regatas, apenas um ponto à frente do dinamarquês Jens Als Andersen. Ao todo, 20 velejadores, de seis países, disputam as provas da 2.4mR, com encerramento previsto para domingo, junto com as demais classes olímpicas.

"A Semana de Kiel não é o primeiro grande evento de vela que nos inclui no programa, mas é o mais importante", diz Kröger, que não possui de nascença o braço esquerdo. Aos 36 anos, ele segue na luta pela equiparação de tratamento entre os atletas portadores de deficiência com os demais. Por exemplo, na Alemanha, os deficientes permanecem sob a Federação Paradesportiva (DBS), em vários países eles já foram integrados às entidades de seus respectivos esportes.

Se os fortes ventos no litoral do Mar Báltico não impediram que os portadores de deficiência pussessem seus barcos na água nesta quinta-feira, as classes olímpicas 49, Tornado, Star e Finn tiveram regatas canceladas.

Os brasileiros não vão bem. O melhor classificado até agora é Ricardo Winnick, que, após seis regatas, ocupa a oitava colocação na Mistral (Prancha à Vela), com 26 pontos, 20 atrás do líder Nick Dempsey, da Grã-Bretanha. Na classe 49, Tarik Santos e Edgardo Vieytes aparecem em 19º lugar, depois de três provas. Na Tornado, Maurício Santa Cruz e João Carlos Jordão amargam a 49ª posição, enquanto as duplas Alexandre Santos Leal/Gualberto Naldi e Clínio de Freitas Neto/Roger Wright estão na 166ª e última, sem terem concluído nenhuma das duas primeiras regatas. (mw)