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Senado dos EUA aprova acordo para evitar "abismo fiscal"

1 de janeiro de 2013

Democratas e republicanos chegaram a um acerto. Com 89 votos a favor e 8 contra, parlamentares concordaram com medidas para contornar temida série de aumentos de impostos e cortes de gastos no orçamento.

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USA Senat Fiskalklippe VerhandlungenFoto: Getty Images

Democratas e republicanos chegaram a um denominador comum na disputa em torno do orçamento dos EUA e para contornar o chamado "abismo fiscal". O acerto, aprovado pelo Senado nas primeiras horas desta terça-feira (01/01), prevê que a classe média norte-americana seja protegida contra aumento de impostos. Entretanto, prevê aumento de impostos para famílias com renda anual superior a 450 mil dólares e para indivíduos que ganham mais de 400 mil dólares por ano.

Os democratas tinham como meta original um aumento de impostos para quem ganha mais de 250 mil dólares, enquanto os republicanos queriam evitar qualquer elevação tributária.

Com intenção de ganhar tempo para costurar um acordo mais amplo, ambos os lados também concordaram em adiar por dois meses cortes de gastos, que atingiriam o Pentágono e vários outros departamentos estatais.

Prazo ultrapassado

Barack Obama PK Silvester Haushaltsdebatte
Obama pediu pressa à Câmara dos RepresentantesFoto: dapd

O acordo foi aprovado por uma clara maioria de 89 votos contra 8, apesar de o prazo – o dia 31 de dezembro de 2012 – ter sido ultrapassado em cerca de duas horas. O fechamento dos mercados de ações no mundo, devido ao feriado de Ano-novo, possibilitou aos legisladores norte-americanos algumas horas a mais para chegar a um acerto.

Agora, a Câmara dos Representantes tem que aprovar o acordo ainda nesta terça ou na quarta-feira. O republicano John Boehner, presidente da casa, equivalente no Brasil à Câmara dos Deputados, disse que vai trabalhar por uma aprovação rápida do documento.

Caso a Câmara dos Representantes dê seu aval ainda nesta terça-feira ou quarta-feira, é possível que sejam contornadas as consequências do chamado abismo fiscal. A série de medidas prevê aumentos automáticos de impostos totalizando 536 bilhões de dólares e cortes de gastos de cerca de 110 bilhões de dólares. Muitos temem que elas levem os EUA a uma recessão.

O presidente norte-americano, Barack Obama, saudou o acordo. Em comunicado, ele pediu à Câmara dos Representantes que vote a favor do projeto de lei. "Embora nem democratas nem republicanos tenham conseguido tudo o que queriam, este acordo é a coisa certa a fazer para nosso país, e a casa deve aprová-lo sem demora", apelou.

MD/dapd/afp/dpa/rtr
Revisão: Francis França