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Serra e senadores recebem líder da oposição venezuelana

15 de junho de 2016

Henrique Capriles busca apoio para referendo contra Nicolás Maduro. José Serra diz que Venezuela não pode ser considerada uma democracia e ressalta que Brasil não pode permanecer indiferente à situação no país vizinho.

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Serra recebeu Capriles em Brasília
Serra recebeu Capriles em BrasíliaFoto: Reuters/A. Machado

O ministro das Relações Exteriores do governo interino, José Serra, recebeu nesta terça-feira (14/06), em Brasília, o líder da oposição na Venezuela Henrique Capriles, que busca apoio em vários países da América Latina para um referendo que visa revogar o mandato do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Em referência ao governo de Maduro, Serra declarou que "um país que tem presos políticos não pode ser considerado uma democracia". Após o encontro, o ministro ressaltou que o Brasil tem como política de Estado a não interferência em assuntos internos de outros países, mas alegou que no caso da Venezuela "não se pode permanecer indiferente".

Serra reiterou a preocupação com o "impacto social" da profunda crise econômica na Venezuela e afirmou que o Brasil pedirá a ajuda de organismos internacionais, como a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA), para solucionar a situação no país.

Reunião com aliados de Temer

Em Brasília, Capriles se reuniu ainda com senadores aliados do presidente interino Michel Temer no gabinete do presidente do PSDB, Aécio Neves. O oposicionista declarou que espera que a indiferença do Brasil com a situação na Venezuela tenha acabado.

"Esta é a hora de o governo do Brasil defender os princípios constitucionais, os princípios democráticos, a autodeterminação do nosso povo. Maduro não pode se colocar acima da Constituição", ressaltou Capriles e pediu apoio ao referendo para revogar o mandato do presidente venezuelano.

Ao ser questionado por jornalistas, o oposicionista se recusou a comentar a crise brasileira, mas condenou o apoiado dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Maduro durante uma campanha eleitoral na Venezuela.

Já Aécio disse que pedirá a Temer que o governo brasileiro apoie o referendo na Venezuela. "Se o impeachment é uma previsão constitucional no Brasil, o referendo é uma previsão constitucional na Venezuela e deve ser respeitado", disse.

CN/efe/ots