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Serviço alemão de intercâmbio teme políticas de Trump

14 de fevereiro de 2017

Presidente do DAAD manifesta preocupação quanto a restrições à livre circulação de cientistas por parte do novo governo dos Estados Unidos. Situação no Reino Unido pós-Brexit é vista como mais positiva.

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Margret Wintermantel é presidente do DAAD
Wintermantel é presidente do DAAD, amplamente financiado pelo governo alemãoFoto: picture alliance/dpa/B. Pedersen

O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) lançou um apelo em nome da liberdade e livre circulação dos cientistas nos Estados Unidos. Margret Wintermantel, há cinco à frente da instituição, manifestou preocupação tendo em vista as políticas restritivas do presidente Donald Trump.

"As principais universidades americanas continuam sendo altamente atraentes para os jovens cientistas e estudantes alemães", afirmou Wintermantel. A abertura dessas instituições a talentos de todo o mundo é um pré-requisito para que isso continue assim, ressaltou.

Sinais dados pelo governo de Trump sugerem que pesquisadores das ciências humanas, assim como do meio ambiente e do clima, por exemplo, poderão enfrentar sérias dificuldades no futuro.

A tentativa do presidente de proibir a entrada nos EUA de pessoas de sete países majoritariamente muçulmanos também gerou inquietação na comunidade científica internacional. No próximo dia 22 de abril, centenas de milhares de pessoas devem protestarem Washington pela liberdade na ciência.

Ciência pós-Brexit

Em relação à política de ciências britânica após o Brexit – saída do Reino Unido da União Europeia –, a presidente do DAAD não vê tantos motivos para preocupação. Para ela, os britânicos aparentam ser mais pragmáticos e desejar preservar de modo inteligente as cooperações com países europeus na área.

O Reino Unido "reconheceu por completo o fato de que as redes de produção que emergiram aumentaram significativamente o progresso do conhecimento", disse Wintermantel. "As questões que devem ser esclarecidas imediatamente dizem respeito à liberdade de circulação dos cientistas."

Também há dúvidas sobre até que ponto as universidades britânicas devem continuar envolvidas em programas europeus de pesquisa. Também não se sabe se o Reino Unido vai continuar participando do programa de intercâmbio acadêmico Erasmus, que permite aos alunos europeus estudarem em outros países do bloco.

Inicialmente um programa voltado para os estudantes, o Erasmus também oferece desde 2014 programas de treinamento profissional.

O DAAD, amplamente financiado pelo governo alemão, é uma das maiores instituições de incentivo ao intercâmbio de estudantes e cientistas em todo o mundo.

RC/dpa