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Sharon condiciona negociação ao fim da violência palestina

(ef)31 de maio de 2002

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, condicionou negociações com os palestinos ao fim da violência e a uma reforma da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em resposta aos mediadores dos EUA e da Alemanha.

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Joschka Fischer e Ariel Sharon conversaram na quinta-feita (30)Foto: AP

Enquanto o lado palestino não der os passos correspondentes, não haverá progresso nas negociações, justificou o político linha dura ao enviado especial dos Estados Unidos, William Burns, nesta sexta-feira (31), em Jerusalém. Antes disso, Sharon tinha ouvido mais um apelo do ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Joschka Fischer, para retomar as negociações de paz,

Antes de prosseguir viagem para o Egito, neste sábado, o político alemão queria ainda se encontrar com o chefe da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Machmud Abbas. Em conversa com o presidente Yasser Arafat, Fischer exigiu uma reforma democrática da administração palestina e para isso prometeu apoio da Alemanha.

Mais invasões apesar da diplomacia

Independente dos diversos esforços de mediação no conflito do Oriente Médio, o Exército israelense invadiu, com 50 tanques e veículos blindados, na última madrugada, a cidade palestina autônoma de Nablus e o campo de refugiados de Balata, com o motivo alegado de capturar terroristas palestinos.

Completou-se a retirada de Israel de Belém, ocupada durante quatro dias, mas a cidade palestina continuou cercada por tropas israelenses. Israel desmentiu notícias dando conta que o líder do movimento Fatah, Marwan Barghuti, tenha sido torturado. Barghuti foi preso em meados de abril passado em Ramallah, e é considerado por Israel como o cabeça da segunda insurreição dos jovens palestinos (intifada) ,iniciada em setembro de 2000.

Sharon exigiu do enviado especial americano ao Oriente Médio que trate, na Síria e no Líbano, da questão dos israelenses desaparecidos ou presos e do seu retorno para Israel. Antes de receber Burns, Sharon encontrou-se com o conselheiro do presidente do Egito, Osni Mubarak, Osama el Bas.