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Siemens anuncia corte de 15 mil postos de trabalho até 2014

29 de setembro de 2013

Multinacional alemã confirma especulações e explica que medida atende a programa de austeridade planejado para o próximo ano. Parte dos funcionários ainda pode ser remanejada para outras áreas, promete porta-voz.

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Joe Kaeser, presidente-executivo da SiemensFoto: Getty Images

A Siemens anunciou neste domingo (29/09) que vai cortar, em todo o mundo, 15 mil postos de trabalho, dos quais 5 mil apenas na Alemanha. A medida faz parte do programa de austeridade da empresa para 2014.

De acordo com o porta-voz da Siemens, porém, os cortes não implicarão forçosamente demissões. "O desmantelamento de algumas áreas não significa necessariamente perda de emprego", garantiu, ressaltando que muitos funcionários podem ser remanejados de área.

Para mais da metade das 15 mil vagas está sendo estudada uma forma de conciliar interesses dos dois lados, juntamente com associações de funcionários. Os postos de emprego restantes devem ser encerrados no segundo semestre do próximo ano. Mas neste momento ainda não se fala em demissões, assegurou o porta-voz.

Há algumas semanas circulavam especulações sobre uma redução de postos de trabalho na Siemens. O jornal Welt am Sonntag chegara a publicar uma estimativa feita por analistas de mercado, segundo a qual a multinacional alemã cortaria até 10 mil vagas em 2014.

Investidores e analistas vinham buscando esclarecimentos junto ao novo presidente-executivo Joe Kaeser, que tomou posse em julho passado, com relação à implementação do duro plano de cortes de gastos de 6 bilhões de euros, iniciado ainda pelo antecessor de Kaeser, Peter Löscher.

Indústria mais atingida

Na Alemanha, o setor de atuação da empresa mais atingido será o industrial, onde ocorrerão 2 mil cortes. Outros 1,4 mil sairão dos setores de energia e infraestrutura. Inicialmente não haverá redução de quadros. Nos últimos 12 meses o número de funcionários da Siemens estabilizou-se em torno de 370 mil. Enquanto algumas áreas da multinacional sofreram enxugamento de quadros, em outras houve novas contratações.

Os números foram divulgados pouco depois de a chefe de pessoal Brigitte Ederer ter anunciado seu afastamento da Siemens. Muitos entenderam a decisão como resultado de um desgaste nas relações entre ela e os representantes dos empregados.

No ano passado, a Siemens registrou o segundo melhor resultado de sua história. No entanto, os ganhos registrados com os negócios contínuos, retirados os impostos, caíram cerca de 30%, chegando a 5,184 bilhões de euros. Já as perdas com as partes de vendas, sobretudo negócios envolvendo energia solar, foram de 595 milhões de euros.

MSB/rtr/dpa