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Sindicatos e ambientalistas aliam-se em defesa das florestas naturais

16 de abril de 2002

Em apelo conjunto, Greenpeace, sindicatos e outras organizações de defesa do meio ambiente conclamam governo alemão a medidas concretas de proteção às florestas naturais que ainda restam no mundo.

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Foto tirada durante um dos protestos do Greenpeace contra a "destruição das florestas naturais"Foto: AP

O Greenpeace, o IG BAU e o IG Metall – dois dos mais poderosos sindicatos da Alemanha –, bem como inúmeras outras organizações ambientalistas, lançaram um apelo conjunto ao chanceler federal Gerhard Schröder em prol de medidas concretas para a proteção das florestas naturais. Conclamam o governo alemão a disponibilizar, na conferência internacional sobre biodiversidade que se realiza desde 7 de abril em Haia, recursos financeiros que possibilitem o aproveitamento sustentado das últimas matas nativas do planeta.

Entre as medidas alistadas no apelo, encontra-se a proibição temporária do abatimento de árvores para fins industriais nas florestas em questão. A restrição deveria ter validade até que fossem demarcadas áreas especiais de preservação bem como áreas destinadas à exploração sustentada. A implementação das medidas exigiria estratégias de financiamento e a disponibilização de recursos destinados à proteção da biodiversidade.

"Se o chanceler federal Schroder perder a oportunidade de preservar as últimas florestas naturais, ele se tornará responsável pela destruição da base de sustento das populações dessas regiões", afirma Sandra Pfotenhauer, especialista em florestas do Greenpeace alemão.

Brasil bloqueia negociações em Haia

Na Sexta Conferência dos Países Signatários da Convenção sobre a Biodiversidade, para a qual estão sendo esperados em Haia, na quarta e quinta-feira (17 e 18), 120 representantes de governos dos países participantes, as negociações sobre a preservação das florestas naturais estão empacadas. O Brasil e outros países rejeitam a regulamentação do aproveitamento e preservação de suas florestas por meio de diretrizes internacionais. Querem ter em suas próprias mãos as decisões a esse respeito.

Já em outros pontos, as negociações estão adiantadas, como acentuou a presidente da conferência, a vice-ministra holandesa Geke Faber. É o caso da regulamentação do acesso aos recursos genéticos das regiões. Base das negociações quanto a este aspecto é um catálogo de medidas elaboradas em outubro de 2001, durante conferência realizada em Bonn, na Alemanha, e que deverão ser aprovadas agora. Os resultados da conferência de Haia serão divulgados na sexta-feira (19). (lk)