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Situação da população afegã se agrava, diz ONG alemã

Laís Kalka8 de novembro de 2001

Ação Agrária Alemã exige providências que garantam o acesso das organizações de ajuda humanitária aos necessitados

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Ninguém sabe quantas pessoas andam de uma parte para outra no Afeganistão, em busca de água e algo para comerFoto: AP

A já difícil situação do povo no Afeganistão, há três anos assolado pela seca, agravou-se ainda mais, desde que os EUA iniciaram os bombardeios no país, um mês atrás, afirma a Ação Agrária Alemã. A ONG de ajuda humanitária apelou a todos os envolvidos na guerra que assegurem às organizações de ajuda o acesso à população necessitada. Para Volker Hausmann, diretor da entidade, essa é uma tarefa da "coalizão internacional antiterrorismo".

Erhard Bauer, coordenador dos trabalhos da Ação Agrária Alemã no Afeganistão, atualmente estacionado em Peshawar, no Paquistão, alertou para a urgência, considerando que dentro de no máximo três semanas os habitantes das regiões montanhosas estarão isolados pela neve, impedidos de receber qualquer ajuda.

Os governos envolvidos é que deveriam decidir se a melhor forma de assegurar a ajuda humanitária seria suspender os bombardeios ou a criação de zonas de segurança para a população civil, salienta a Ação Agrária Alemã.

Maioria dos refugiados vagueia pelo país

Segundo Bauer, que veio por alguns dias para a Alemanha, não houve o temido movimento em massa de refugiados para os países vizinhos. A maioria vagueia de uma parte para outra do Afeganistão, em busca de água e algo para comer. Ninguém sabe ao certo o número de deslocados; os cálculos variam entre 500 mil e 5 milhões.

O trabalho das organizações de ajuda humanitária prossegue, assegurou Bauer, embora os voluntários estrangeiros tenham deixado o Afeganistão. Os funcionários afegãos continuam em ação, nas mais difíceis condições e sem a menor chance de conseguir fornecer as 2000 toneladas de alimentos que são necessárias diariamente para impedir que milhares morram de fome. Segundo a Organização das Nações Unidas, o número de pessoas atingias pela escassez de alimentos no Afeganistão sobe a 7,5 milhões.