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Standard & Poor's mantém nota de crédito do Brasil

24 de março de 2015

Agência de classificação de risco confirma rating de "BBB-" e país permanece dentro do grau de investimento. A perspectiva estável reflete o apoio da presidente Dilma às políticas de correção econômica, diz a S&P.

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Foto: picture-alliance/dpa

A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's manteve, nesta segunda-feira (23/03), a nota de crédito de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira em "BBB-", que é o patamar mais baixo dentro do grau de investimento. Já o rating de curto prazo do país ficou em "A-3".

Com essa classificação o Brasil está apenas um grau acima do especulativo, aquele com elevado risco de calote. Ou seja, num novo rebaixamento, o país perderia o "selo de qualidade". No entanto, a perspectiva estável indica que a Standard & Poor's não deve fazer novos rebaixamentos no curto prazo.

"A perspectiva estável reflete a nossa expectativa de que a correção em andamento continuará a atrair o apoio da presidente Dilma Rousseff e, finalmente, do Congresso, que gradualmente restaurará a credibilidade política perdida, abrindo o caminho para perspectivas de crescimento mais forte em 2016 e nos anos seguintes", avaliou a agência.

A agência afirmou que o corte na nota do país, promovido no ano passado, refletia a expectativa de crescimento da economia menor do que o previsto em 2014 e de mais quatro anos de políticas econômicas inconsistentes por parte do governo federal.

"O rebaixamento do Brasil em 2014 incorporou nossas expectativas por crescimento e trajetórias fiscais mais fracas do que em anos recentes, com o governo tendo menos espaço para manobras em meio a choques econômicos. Ele também incorporou a expectativa de que uma segunda administração de Rousseff seria marcada por um histórico contínuo de políticas mistas e inconsistentes", explicou a Standard & Poor's, em comunicado.

A agência espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofra uma retração de 1% em 2015. No entanto, segundo a Standard & Poor's, o país crescerá 2% em 2016, acima da expectativa do mercado, que prevê uma expansão de apenas 1,2%. Para 2017, a agência estima um crescimento de 2,3%.

Um rating é uma nota que as agências de classificação de risco, como Standard & Poor's e Fitch e Moody's, atribuem a países ou empresas de acordo com sua capacidade de pagar uma dívida. Esse rating serve para que investidores saibam o grau de risco dos títulos que estão adquirindo.

PV/ots