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Stefan Effenberg planeja tornar-se "dono-de-casa"

Marion Andrea Strüssmann16 de abril de 2002

O jogador do Bayern de Munique já tem planos para sua aposentadoria. Ele pretende cuidar de sua família levando uma vida pacata na Flórida.

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Stefan Effenberg, do Bayern de MuniqueFoto: AP

O meio de campo do time bávaro irá se aposentar do futebol alemão no final desta temporada. Seu plano é atuar no futebol americano por, no máximo, dois anos. Depois disso, Stefan Effenberg anunciou que vai pendurar definitivamente as chuteiras e dedicar-se à família.

"Há 16 anos estou voltado exclusivamente para o futebol e nunca tive tempo de curtir umas férias com minhas crianças. Eu quero recuperar o tempo perdido e aproveitar ao máximo", revelou o craque alemão de 34 anos à revista Playboy, que publica na íntegra a entrevista em sua edição de quarta-feira (17).

Sobre as especulações de que faria a licença de treinador para continuar no futebol alemão, Effenberg foi categórico: "Se eu fizer isso a minha mulher me expulsa de casa e pede a separação. Não vale a pena." O jogador voltou a afirmar que irá morar com a família na Flórida e pretende tornar-se um verdadeiro "dono-de-casa".

Política e limpeza alemã -

Na entrevista, Effenberg não falou apenas de futebol. Com bastante franqueza, ele admitiu que tem orgulho em ter nascido e crescido na Alemanha. "Porque nós somos um país muito bem organizado e porque, em comparação com outros países, aqui é bem mais limpo. Por outro lado, eu me pergunto como posso ter orgulho de um país onde pago 56% dos meus ganhos em impostos e, apesar disso, ocupamos o último lugar no balanço da economia européia."

Effenberg exigiu uma redução drástica dos impostos no país, bem como do apoio financeiro aos desempregados: "Isto porque aparentemente muito vivem bem com o seguro desemprego e não tem vontade de levantar cedo e trabalhar duro até a noite para ter alguns euros a mais na conta no final do mês."

Admiração por Schröder -

O astro do Bayern de Munique admitiu ter muita simpatia pelo chanceler federal Gerhard Schröder. "Eu acho que ele representa excepcionalmente bem a Alemanha no exterior. E ele mantêm sua palavra, por exemplo com George Bush, quando assegurou aos Estados Unidos uma solidariedade ilimitada na luta contra o terrorismo internacional. Manter a palavra é algo que me impressiona", concluiu Effenberg.

Ballack é um bom jogador -

Sobre Michael Ballack, do Bayer Leverkusen, que irá ocupar seu lugar no Bayern de Munique na próxima temporada, Effenberg teceu elogios: "Ele tem todos os predicados para se tornar um jogador líder. Mas até um craque como Ballack tem que primeiro provar ser capaz de agüentar a pressão da mídia local. Eu desejo que ele consiga isso, mas não vai ser fácil."

Maior derrota, maior vitória -

Effenberg considera a vitória do Bayern de Munique na Liga dos Campeões, no ano passado, como o maior sucesso de sua carreira. Já a pior derrota de sua vida profissional foi perder nos últimos minutos de jogo para o Manchester United, na final da Liga dos Campeões, há dois anos.

Lembrança -

O craque alemão declarou ainda que gostaria de ser lembrado por sua bem sucedida atuação como jogador líder e capitão do Bayern de Munique. Effenberg ressaltou, entretanto, que "as pessoas devem saber que meu coração sempre baterá forte pelo Borussia Mönchengladbach" (seu primeiro time).