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Steinmeier critica intervenção militar russa na Síria

12 de setembro de 2015

O ministro alemão do Exterior teme que uma interferência do Kremlin sem coordenação internacional só vá agravar a desestabilização do país árabe. Austrália se junta à aliança aérea internacional contra o EI.

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Partes de Damasco estão em ruínasFoto: M. Eyad/AFP/GettyImages

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, acompanha com grande apreensão as notícias de uma presença militar russa intensificada na Síria. "Torço para que a Rússia não esteja apostando numa continuação da guerra civil na Síria", comentou a jornais do grupo de mídia Funke, sediado na cidade alemã de Essen.

"Não é possível que qualquer um fique circulando pela Síria por conta própria", criticou. Na opinião do social-democrata, somente uma ação concertada poderá trazer uma virada para aquele país do Oriente Médio. Ele teme a criação de uma situação que impossibilite a intervenção conjunta da comunidade internacional.

Por uma solução política para a Síria

O governo dos Estados Unidos afirma dispor de indicadores fortes de uma intervenção militar direta do Kremlin na guerra civil síria. Segundo representantes de Washington, aviões militares, veículos blindados para transporte de tropas e navios de desembarque para tanques de combate teriam sido enviados à república árabe nos últimos dias.

Moscou rebate as acusações. Ao mesmo tempo, o Ministério russo do Exterior afirma que as atividades do país na Síria integram os esforços internacionais de combate à milícia terrorista do "Estado Islâmico" (EI).

Frank-Walter Steinmeier
Ministro alemão do Exterior, Frank-Walter SteinmeierFoto: imago/Xinhua

Steinmeier chamou a atenção para as sugestões da Organização das Nações Unidas por um processo de transição política na nação em crise. Ele lembrou que o enviado especial da ONU Staffan Domingo de Mistura planeja debates em quatro grupos de trabalho, flanqueados por um grupo de contato formado pelos principais protagonistas internacionais e regionais, inclusive o Irã.

"Nós apoiamos De Mistura nessa gigantesca tarefa – politicamente, com nossas negociações na região, mas também com verbas e expertise", anunciou o chefe da diplomacia alemã.

Reforço australiano

A Austrália acaba de se juntar à aliança internacional para realização de ataques aéreos contra presumidos postos de combate dos fundamentalistas do EI. O Departamento de Defesa em Camberra comunicou o sucesso da primeira operação no leste sírio, neste sábado (12/09), com a participação de dois jatos de combate.

De acordo com a ministra australiana do Exterior, Julie Bishop, bombardeios reforçados contra alvos do EI na Síria e no Iraque podem sustar o fluxo de refugiados para a Europa. No Iraque, a Austrália já mantém seis aviões de combate e 200 soldados.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres, noticiou que nos mais recentes ataques com mísseis dos rebeldes sírios sobre a capital Damasco pelo menos 11 pessoas morreram e 20 ficaram feridas. A maioria das vítimas são civis.

AV/afp/dpa