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Suíça tem dezembro mais quente em 150 anos

29 de dezembro de 2015

Temperatura em média 3,4 graus mais alta altera paisagens nos Alpes, prejudica hotéis e estações de esqui e frustra praticantes de esporte de inverno. É o terceiro ano seguido com pouca ou nenhuma neve na época de Natal.

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Turista caminha com esqui na montanhas de Engelberg, sem qualquer vestígio de neve em pleno invernoFoto: picture-alliance/dpa/S. Tischler

Céus azuis, montanhas verdes, plantas querendo florescer, entusiastas do esqui frustrados: a Suíça, país que praticamente inventou o turismo de inverno, deverá ter o mês de dezembro mais quente em 150 anos, quando começaram a ser feitas medições.

Segundo a agência nacional de meteorologia e climatologia (MeteoSwiss), a temperatura no último mês do ano está até agora 3,4 graus Celsius acima da média histórica para dezembro.

"Não há nenhuma dúvida sobre isso", diz o climatologista Stephan Bader, da MeteoSwiss. "É o dezembro mais quente em nossas medições registradas desde 1864 – claramente. E está especialmente pronunciado em altitudes maiores".

O tempo seco e as encostas sem neve já afetam o turismo nos Alpes. Trabalhadores temporários – como operadores de teleférico e empregados de hotéis – aguardam já há semanas para serem chamados, na espera de que a neve enfim caia.

Alguns torneios importantes do esporte de inverno mundial estão sendo disputados com auxílio de neve artificial, em meio a uma paisagem verde, que mais lembra o início da primavera.

FIS World Cup in Engelberg 19.12.2014
A temperatura no último mês do ano está 3,4 graus acima da média histórica para dezembroFoto: picture-alliance/dpa/S. Tischler

A tradicional Saint-Moritz, no sudeste da Suíça, tem apenas 15 centímetros de neve nas suas pistas mais altas e está distribuindo aos visitantes uma lista com 400 coisas para se fazer caso não neve. Esta é a terceira temporada de fim de ano seguida com pouca ou nenhuma neve nos Alpes.

A MeteoSwiss prevê que 2015 quebrará o recorde anual pela terceira vez. Globalmente, este ano será o mais quente da história, e 2016 pode ter temperaturas ainda mais elevadas devido à ação do fenômeno climático El Niño.

RPR/ots/dpa/rtr