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Suspeito de atentados de Mumbai é solto

10 de abril de 2015

Paquistão liberta suposto mentor de ataques terroristas em 2008 na cidade indiana, que irá aguardar o julgamento em liberdade. Índia contesta decisão, que deve prejudicar conturbadas relações entre os dois países.

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Zaki-ur-Rehman Lakhvi
Foto: Qureshi/AFP/Getty Images

Zaki-ur-Rehman Lakhvi, o principal suspeito de ser o mentor do ataques terroristas em Mumbai em 2008 foi libertado da prisão nesta sexta-feira (10/04) no Paquistão. A Justiça concedeu-lhe o direito de aguardar ojulgamento em liberdade.

Primeiro, um tribunal paquistanês havia ordenado a soltura de Lakhvi no dia 13 de março, após uma batalha judicial em que seu advogado alegava que não havia justificativas para que seu cliente fosse mantido preso. Entretanto, devido à pressão internacional sobre o Paquistão, para que o país agisse com mais severidade contra militantes islamitas, o acusado foi mantido sob custódia. A soltura foi ordenada pela segunda vez nesta quinta-feira.

Lakhvi é um dos sete suspeitos de ligação aos ataques na cidade indiana, que deixaram 166 mortos. Ele foi preso em 2009 e mantido sob custódia desde então.

Em dezembro passado, foi concedido ao acusado o direito à fiança, mas o governo o manteve preso sob uma lei que permite a detenção de suspeitos considerados ameaças à segurança pública. Em contrapartida, alguns tribunais argumentaram diversas vezes que a manutenção da custódia era ilegal.

Autoridades indianas condenaram a libertação do acusado. "A Índia almeja manter conversações com o Paquistão, mas os desenvolvimentos atuais são infelizes e desanimadores", declarou o ministro indiano do Interior, Rajnath Singh.

Um porta-voz do ministério, que não quis se identificar, afirmou que a libertação de Lakhvi é um "insulto às vitimas dos ataques em Mumbai" e criticou o que chamou de dupla face do Paquistão em relação ao terrorismo.

A medida deverá aumentar as tensões do conturbado relacionamento entre os países vizinhos.

RC/ap/dpa