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Técnico da Seleção Alemã luta por Scholl

Marion Andrea Strüssmann22 de abril de 2002

Com essa Rudi Völler não contava: Mehmet Scholl anunciou que não pretende jogar pela Seleção Alemã na Copa do Mundo.

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O técnico Rudi Völler quer a presença de Scholl na Seleção AlemãFoto: AP

"Nós precisamos dele, eu preciso dele para que o selecionado consiga jogar bem no mundial", reagiu o técnico da Seleção Alemã, Rudi Völler, nesta segunda-feira (22), ao ser avisado de que o craque do Bayern de Munique, Mehmet Scholl, desistiu de ir para o Japão.

Scholl, que este ano ficou afastado do futebol por diversas vezes devido a problemas de saúde, anunciou que a decisão de não jogar na Copa foi tomada sem qualquer influência.

Após o choque inicial, o técnico da seleção garantiu que não pretende pressionar o jogador de 31 anos, embora seu discurso seja quase desesperador. "Eu vou conversar com Mehmet e lhe dizer que ainda temos tempo e não precisamos tomar agora uma decisão precipitada."

Jogador essencial -

Pelo visto, Mehmet Scholl se tornou um jogador essencial para a Seleção Alemã. Afinal, não é só Völler que ficou abalado com a desistência e está empenhado em fazer o craque mudar de idéia.

O presidente da Federação Alemã de Futebol, Gerhard Mayer-Vorfelder, e o presidente do Bayern de Munique, Franz Beckenbauer, também parecem acreditar que o selecionado só terá chances no mundial com a participação de Scholl.

"Um jogador com este potencial, potencial aliás reconhecido por todos, precisa atuar no mundial. Sua participação é extremamente importante para o futebol alemão", frisou Beckenbauer, que também está disposto a bater um papinho com o craque.

Má fase -

Scholl não quer jogar na seleção porque acha que não está em condição física para suportar o campeonato. Após enfrentar diversos problemas, como contusões e uma hérnia de disco, que o obrigaram a ficar afastado dos treinos, Scholl frisou que "vocês não sabem como eu realmente me sinto".

Contra vontade -

"Ele está frustrado porque as coisas não estão correndo bem", disse Völler, revelando ainda que no último sábado Scholl entrou em campo contra a vontade: "Ele jogou embora não quisesse jogar. Mas como Effenberg teve problemas, não sobrou outra alternativa". Effenberg havia sido suspenso e Scholl precisou preencher sua vaga.

O meio de campo do Bayern de Munique fez uma autocrítica de sua atuação no jogo contra o Hertha: "Eu me senti como um carro que fica na garagem por três anos: demora para pegar e aquecer".