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Talibãs invadem presídio e libertam centenas no Paquistão

30 de julho de 2013

Combatentes armados com bombas e granadas conseguem entrar numa prisão perto da fronteira com o Afeganistão, libertando cerca de 250 detentos, entre eles militantes talibãs.

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Taliban Angriff gegen Gefängnis in PakistanFoto: Reuters

Cerca de 250 presos conseguiram fugir de uma prisão paquistanesa na madrugada desta terça-feira (30/07). A fuga foi possível graças a uma invasão de combatentes talibãs, disfarçados de policiais e armados com bombas e granadas. O ataque estendeu-se por várias horas e deixou nove mortos, entre eles seis policiais.

Em declaração ao jornal Dawn, Shahidulá Shahid – porta-voz do TTP, principal agrupamento talibã – reivindicou o ataque. Ele disse que o ato foi executado por uma centena de milicianos, incluindo sete suicidas.

O presídio atacado abriga cerca de 5 mil prisioneiros, incluindo cerca de 50 líderes talibãs. Dos cerca de 250 presos que escaparam, 30 eram rebeldes combatentes, disse o delegado da polícia local, Mushtaq Jadoon. Seis fugitivos foram recapturados mais tarde pela polícia, acrescentou.

Antes de começar o ataque, os militantes talibãs cortaram a luz do presídio. Em seguida, detonaram explosivos que danificaram os muros externos da prisão. Os militantes, que estavam armados, então invadiram o local.

A prisão fica em Dera Ismail Khan, próxima à fronteira com o Afeganistão. Também está localizada relativamente perto do distrito de Bannu, onde há pouco mais de um ano os talibãs libertaram cerca de 400 presos, muitos deles insurgentes.

O ataque desta terça-feira mostra a força crescente do braço paquistanês do Talibã e põe em dúvida a capacidade das forças de segurança paquistanesas de lidar com ataques de alto nível.

"Era uma prisão fortemente vigiada e considerada uma das mais protegidas da província [de Khyber Pakhtunkhwa]", disse um oficial sênior do governo. "Vamos investigar como os militantes conseguiram vir das áreas tribais distantes, invadir a cadeia e levar seus companheiros embora."

O incidente aconteceu no dia em que deputados e senadores elegerão um novo presidente paquistanês, salientando os desafios a serem enfrentados pelo novo governo com relação ao combate à atividade militante.

LPF/efe/rtr/lusa