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Desemprego em queda

(gh)23 de dezembro de 2006

Índice na zona do euro cai para 7,7%, o que só havia ocorrido uma vez nos últimos 15 anos. Peritos prevêem menos desemprego na Alemanha em 2007. Flexibilização do mercado de trabalho gera novas vagas.

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Taxa de ocupação aumenta, mas ainda é baixaFoto: AP

A conjuntura econômica européia está em franca recuperação e muitas empresas anunciam planos para contratar mais pessoal. Com isso, até a virada do ano, a taxa de desemprego na zona do euro provavelmente terá atingido o nível mais baixo dos últimos 15 anos, segundo informa o jornal econômico Financial Times Deutschland (FTD).

De acordo com estimativas do Instituto de Economia Mundial (IfW), em Kiel, até o final de 2008, a taxa deve cair para níveis bem inferiores a 7%. Daí ela atingiria um patamar semelhante ao dos países considerados modelos em termos de geração de empregos.

Este prognóstico otimista é atribuído à crescente flexibilização do mercado de trabalho europeu. Em 2006, muitos economistas subestimaram a capacidade da economia alemã de, já na sua fase inicial de recuperação, gerar novos postos de trabalho.

O ano da virada

Neste ano começou o que o governo e os analistas chamam de "virada no mercado de trabalho" na Alemanha. Mais de meio milhão de novas vagas para funcionários com carteira assinada foram abertas no país.

Segundo dados do Bank of America, de janeiro a outubro de 2006, os países da zona do euro criaram 1,52 milhão de novos empregos – mais do que os EUA, onde surgiram 1,43 milhão de novas vagas.

De acordo com dados da Comissão Européia, desde 2004, foram criados cinco milhões de novos postos de trabalho nos países que adotaram o euro como moeda.

Melhoria na Alemanha

Em 2006, a redução do desemprego foi expressiva também na Espanha, França e Alemanha, países que vinham causando preocupação a Bruxelas, por causa da situação no mercado de trabalho.

Mas ainda há grandes desníveis entre os países da União Européia. Enquanto a Irlanda e a Holanda têm uma taxa de desemprego de 4%, na França, Alemanha e Grécia ela atinge o dobro deste nível.

A taxa de ocupação na "Eurolândia" subiu 1,4% este ano (maior aumento desde 2000), mas ainda é baixa. Enquanto nos EUA e no Japão cerca de 70% da população economicamente ativa trabalham, na zona do euro este índice é de apenas 63,5%. Para atingir a chamada meta de Lisboa – ocupação de 70% – teriam de ser gerados seis milhões de novos empregos até 2010.

Na Alemanha, sobretudo o setor eletrotécnico e a indústria mecânica têm vagas sobrando. Segundo pesquisa da Federação da Indústria Alemã (BDI), 60% das médias empresas estão com problemas para encontrar mão-de-obra qualificada.

O líder dos "cinco sábios da economia alemã", Bert Rürup, disse esperar que o número de desempregados na Alemanha caia dos atuais 4,5 milhões para aproximadamente 4 milhões em 2007. Esta previsão é partilhada também por outros economistas.