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Copa feminina de 2011

10 de novembro de 2007

Steffi Jones, do FFC Frankfurt, vai presidir o comitê organizador do Mundial de futebol feminino na Alemanha, em 2011. Jones, que se prepara para a carreira de treinadora, assumirá a organização da Copa em janeiro.

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Jones com o presidente da Federação Alemã de Futebol, Theo ZwanzigerFoto: picture-alliance/dpa

A jogadora Steffi Jones, de 34 anos, será a presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de futebol feminino na Alemanha, em 2011.

Jones, que se prepara em Colônia para a carreira de treinadora de futebol, tem contrato com o FFC Frankfurt (atual campeão alemão) até junho de 2008, mas assumirá já em janeiro próximo os compromissos da organização da Copa.

"Se houver colisão de tarefas, tenho certeza de que acharemos uma solução, disse a jogadora que, que também atua como comentarista dos jogos da seleção feminina para a emissora pública de televisão ZDF.

Exemplo da integração pelo futebol

Jones, que é filha de um norte-americano e uma alemã, encerrou a carreira pela seleção alemã em março último, com nove gols marcados em 111 jogos. Embora ela assuma o mesmo posto ocupado por Franz Beckenbauer na Copa de 2006, Steffi Jones não quer ser comparada ao "kaiser".

"Certamente posso aprender muito com ele e talvez ele possa me dar algumas dicas", disse Jones, que se sagrou campeã mundial em 2003 com a equipe alemã e foi três vezes campeã européia.

Deutsche Nationalmannschaft der Frauen, 2005
Jones (camisa 4) em foto da seleção alemã em 2005Foto: AP

Segundo o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Theo Zwanziger, "a vida de Steffi Jones demonstra a força do esporte como fator de integração, tão necessário na nossa sociedade atual".

Nem sempre a vida dela foi fácil, mas o futebol a tornou uma personalidade maravilhosa, acrescentou Zwanziger. Em agosto último, Jones lançou sua autobiografia (Der Kick des Lebens) em que descreve algumas tragédias familiares e conta como foi difícil a sua infância, vivida num bairro socialmente problemático em Frankfurt. O pai, afroamericano, deixou a família quando ela tinha quatro anos de idade.

No jardim-de-infância e na escola, por exemplo, ela sofreu discriminações por causa da cor de sua pele. Por isso, pedia à mãe para tomar banho com mais frequência, por acreditar que desta forma ficaria mais clara.

Bater bola com os garotos na rua a ajudou a conquistar respeito: "Eu achava monótono brincar de boneca. Meu grande exemplo era Andreas Moeller." No início, a elegante jogadora defensiva inclusive jogou ao lado de garotos.

Após atuar em alguns clubes de futebol feminino alemão, jogou por um ano nos Estados Unidos. De volta à Alemanha, em 2002, assinou contrato no FFC Frankfurt. Jones foi campeã alemã por quatro vezes e venceu três vezes a Copa da Alemanha.

Sua vida familiar, no entanto, é um pouco mais complicada. Seu irmão mais velho perdeu-se no mundo das drogas, enquanto o irmão mais novo, levado pelo pai para os EUA, tornou-se soldado e, aos 23 anos, em 2006, perdeu as duas pernas na guerra do Iraque. (rw)