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História

Tinta sobre Glenn Gould e plataforma da demolição

(sm)6 de abril de 2006

Confira as últimas notícias de cultura da Alemanha.

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Palácio da República: demolição apesar de protestosFoto: PA/dpa

O pintor Gerhard Richter elaborou numa obra de arte sua curiosa aversão ao renomado pianista Glenn Gould. Protestando contra a legendária interpretação das Variações Goldberg, de Johann Sebastian Bach, pelo músico canadense, Richter cobriu de tinta 120 exemplares do long-play com a gravação em questão. O pintor revela isso numa anotação de diário divulgada agora pela revista de arte Monopol, editada na Suíça.

Glenn Gould
Glenn GouldFoto: dpa/Arte

"Esta perfeição é completamente absurda e entediante. Não é de se admirar que ele tenha morrido cedo. Eu devia mais era ouvir rádio", escreveu Richter numa anotação de 19 de outubro de 1984, incluída num diário pertencente ao acervo do Arquivo Gerhard Richter, em Dresden. Glenn Gould morreu em 1982, aos 50 anos.

Cores depois das chamas

Foram finalizados os primeiros trabalhos experimentais de restauração da Biblioteca Duquesa Anna Amalia, em Weimar, abrigada num salão barroco destruído por um incêndio em 2004. O salão deverá ressurgir nas cores que tinha na época áurea em torno de 1850, que – segundo o arquiteto responsável, Walther Grunwald – combinariam melhor com o acervo da biblioteca, com suas galerias de livros e obras de arte.

Im berühmten Rokoko-Saal der Herzogin Anna Amalia Bibliothek in Weimar blättert eine Mitarbeiterin der Stiftung Weimarer Klassik und Kunstsammlungen in einem historischen Atlas
Salão rococó antes do incêndioFoto: dpa

A restauração definitiva, que começa no início do verão europeu, inclui a modernização do prédio. "Goethe não conheceu luz elétrica, calefação ou internet", lembra Grunwald. Originariamente, a biblioteca era iluminada por 18 castiçais.

Nos dias 2 e 3 de setembro de 2004, um incêndio destruiu 50 mil livros históricos e danificou mais 62 mil volumes. Setenta e cinco por cento dos livros atingidos pelo fogo ou pela ação dos extintores já foram congelados para posterior restauração. Apenas quatro mil volumes do antigo acervo podem ser readquiridos hoje.

Lista negra da Feira de Frankfurt

O Centro Simon Wiesenthal fez uma lista negra de livros abertamente anti-semitas a serem excluídos da próxima Feira de Livros de Frankfurt, atendendo a um pedido do diretor do evento, Jürgen Boos. A organização judaica listou sete livros de quatro editoras árabes, divulgados e vendidos durante a feira de livros de Casablanca, em Marrocos, em fevereiro passado.

Além de uma reedição de Mein Kampf (Minha Luta), de Adolf Hitler, encontram-se livros que atribuem aos judeus a responsabilidade pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, bem como mapas dos quais não consta o Estado de Israel.

O diretor de relações internacionais do Centro Simon Wiesenthal, Shimon Samuels, exigiu que estas editoras sejam excluídas da feira, alegando que os títulos listados ferem as leis alemãs e as convenções européias.

Novo acesso ao Muro de Berlim

Memorial do Muro de Berlim na parede de um prédio: Soldado alemão-oriental em fuga para o lado ocidental
Soldado alemão-oriental em fuga para o lado ocidentalFoto: picture-alliance/dpa/R.Jensen

O Muro de Berlim tem um novo portal na internet. No endereço www.berlin.de/mauer, o usuário pode se informar sobre a história da construção que isolou Berlim Ocidental do resto da Alemanha comunista de 1961 a 1989, representando o sinal mais concreto da Guerra Fria.

A página pretende resgatar a memória do Muro através de um mapa interativo que mostra detalhes sobre a fronteira entre o território oriental e ocidental e ilustra áreas adjacentes, além de incluir 19 mapas detalhados das antigas passagens de fronteira.

Demolição de camarote

A polêmica demolição do Palácio da República, no centro de Berlim, poderá ser observada de uma plataforma aberta ao público. Além desta construção de três metros de altura, a prefeitura de Berlim inaugurou nas imediações uma exposição sobre a história e a futura configuração da Schlossplatz, praça delimitada em um dos lados, até então, pelo edifício que sediava o Parlamento da República Democrática Alemã.

Com este "observatório", construído por 150 mil euros, a prefeitura pretende reestimular a participação da população numa iniciativa bastante controversa e impopular como a demolição do Palácio. A plataforma, com capacidade de abrigar 120 visitantes, fica aberta dia e noite.