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Toda UE quer mandar tropa de paz para Afeganistão

Estelina Farias14 de dezembro de 2001

União Européia pretende contribuir com até 4.000 soldados para a tropa de boinas azuis que deverão garantir a segurança no Afeganistão.

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Pela primeira vez na história da União Européia (UE), todos os 15 países-membros querem destacar soldados para uma missão de paz - a tropa que a ONU planeja mandar para o Afeganistão. Foi o que prometeram os chefes de Estado e de governo da comunidade européia em seu encontro de cúpula de dois dias, iniciado nesta sexta-feira, em Laeken, na Bélgica.

O contingente da UE será da ordem de 3.000 a 4.000 soldados, provavelmente sob o comando da Grã-Bretanha, o único país que participou até agora diretamente da guerra dos Estados Unidos no Afeganistão, em represália aos atentados de 11 de setembro. A Alemanha pretende destacar uma tropa 1.000 a 1.500 militares, com custos estimados em 600 milhões de euros (US$ 541,85 milhões).

Os detalhes sobre a ação dos europeus no Afeganistão ainda dependem do mandato que a ONU deverá aprovar, em Nova York, até o próximo dia 22, esclareceu o coordenador da política externa comum européia, Javier Solana, na cimeira perto de Bruxelas. Os soldados europeus deverão ser estacionados principalmente na capital Cabul, segundo ele.

A participação de outros países não membros da UE também depende do conteúdo do mandato das Nações Unidos para o contingente multilateral. A tarefa dos capacetes azuis será garantir a paz no período de transição que começará no dia 22 de dezembro com a posse do governo provisório negociado pelas quatro delegações afegãs antitalibãs na conferência de Bonn.

O gabinete social-democrata (SPD) e Verde da Alemanha quer decidir na próxima quarta-feira (19) sobre a tropa de paz para o Afeganistão, depois que o Conselho de Segurança aprovar o mandato equivalente na terça-feira (18). O Parlamento em Berlim entra em recesso hoje, mas será convocado, extraordinariamente, para debater e votar o contingente alemão. A aprovação já é tida como certa.

O Ministério da Defesa desmentiu, enquanto isso, notícias da imprensa dando conta que os primeiros soldados alemães chegariam em Cabul ainda nesta sexta-feira (14). Segundo o jornal Hamburger Morgenpost, 30 pára-quedistas da brigada de Oldenburg estariam de partida. Segundo fontes de Berlim, em 2 de janeiro, dez navios se deslocarão rumo à Península Arábica e deverão ancorar em diversos portos no chifre da África.

O chanceler federal, Gerhard Schröder, prometeu e o Parlamento aprovou o envio de até 3.900 soldados para apoiar os EUA na luta contra o terrorismo no Afeganistão. Em nome da segurança dos militares e suas famílias, o Ministério da Defesa não informa sobre detalhes, como o recente envio de 100 soldados de elite para ajudar os comandos americano, britânico e francês na captura de combatentes da Al Qaed, de Bin Laden, no Afeganistão.