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Três hipóteses para acidente de Milão

19 de abril de 2002

Autoridades investigam se o piloto se suicidou, se tinha problemas de saúde, ou se o avião teve uma pane. Atentado é excluído com segurança.

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Foto: AP

Vinte e quatro horas após a colisão de um pequeno avião de passageiros contra o edifício mais alto de Milão, as autoridades italianas concentram suas investigações no esclarecimento de três hipóteses: suicídio, um problema de saúde do piloto ou defeito técnico da aeronave. A possibilidade de um atentado foi excluída com segurança.

O ministro dos Transportes, Pietro Lunardi, considera estranho que o avião tenha batido exatamente no meio do edifício. "Por isso fica difícil acreditar numa coincidência fatal", disse ele, alimentando na mídia as especulações sobre um suicídio motivado por dificuldades financeiras do piloto de 67 anos, Luigi Fasulo.

Contradições

– Segundo a Promotoria Pública, um suicídio é menos provável do que um defeito na aeronave ou um problema de saúde do piloto. Já o prefeito de Milão, Gabriele Albertini, e o diretor da agência italiana de aviação civil, Luigi di Palma, defendem a tese de que o piloto dirigiu a aeronave de propósito contra o edifício.

Jornais italianos veicularam nesta sexta-feira (19) notícias de que o ítalo-suíço Fasulo estava altamente endividado. Segundo o La Repubblica, o filho do piloto, Marco Fasulo, estaria convencido de que o pai se suicidou por estar arruinado. Mais tarde, Marco teria desmentido. Amigos e familiares de Fasulo declararam não acreditar num suicídio.

Tentativas de explicação

– Consta que Fasulo tinha partido de Locarno, onde vivia, para abastecer sua aeronave no Aeroporto de Linate, em Milão, o que representa uma economia e seria uma prática usual entre pilotos na região fronteiriça.

Ao aterrissar, comunicou à torre de controle problemas no trem de pouso e trocou de rumo, talvez por ter entendido errado uma ordem que fora dada ao piloto de um helicóptero. Por que ele estava voando tão baixo é algo que ninguém consegue entender. Fasulo tinha experiência de cerca de 5000 horas de vôo e já tinha se saído bem de situações difíceis, o que lhe valera o apelido do "piloto caubói", segundo contam conhecidos seus. (lk)