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Tribunal inocenta oito dos dez acusados de ataque a Malala

5 de junho de 2015

Polícia paquistanesa alega que confusão foi feita pela imprensa e que, apesar de todos os detidos terem confessado participação no atentado de 2012 à Nobel da Paz, apenas dois foram condenados.

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Malala Yousafzai
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen

Um tribunal do Paquistão pôs em liberdade oito dos dez acusados de tentar matar, em 2012, a ativista e Nobel da Paz Malala Yousafzai, então com apenas 15 anos, informou a polícia nesta sexta-feira (05/06).

No final de abril, a polícia havia informado que todos os dez acusados pelo ataque à ativista, símbolo da luta pela educação feminina, foram condenados a 25 anos de prisão por um tribunal antiterrorista.

No entanto, Saleem Marwat, chefe policial da região de Swat, onde ocorreu o ataque em 2012, disse que os oito homens tiveram que ser libertados por falta de provas suficientes que os ligassem ao crime.

"O tribunal condenou dois homens envolvidos na tentativa de assassinato de Malala e os outros oito foram postos em liberdade pela falta de provas. A confusão foi provocada pela imprensa", afirmou Marwat.

Segundo o promotor Naeem Khan, durante o julgamento, todas as dez pessoas admitiram e confessaram seu papel no ataque, mas só dois deles, Izhar Khan e Israrullah Khan, foram condenados, enquanto os oito restantes foram libertados em 30 de abril de 2015.

O Exército paquistanês deteve em setembro os dez suspeitos, pertencentes ao grupo radical islâmico Shura, vinculado ao Talibã. O julgamento foi realizado por um tribunal antiterrorista em instalações militares a portas fechadas em Mingora, principal cidade do vale do Swat, onde foi atacada a jovem ativista.

Em outubro de 2012, militantes talibãs entraram no ônibus escolar em que Malala era transportada, no Vale de Swat, e atingiram na cabeça da ativista por suas posições a favor da educação de mulheres.

Malala ganhou reconhecimento mundial por sua campanha e, em 2014, recebeu o Nobel da Paz. Ela é a pessoa mais jovem a receber o prêmio.

Ela foi inicialmente tratada no Paquistão e depois levada para um hospital no Reino Unido, onde vive com a família. Eles não podem retornar ao Paquistão devido a ameaças de morte. O Talibã já disse que, se Malala voltar, tentará matá-la de novo.

RPR/efe/ap/rtr