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Turismo alemão começa a se recuperar

ef21 de novembro de 2003

Turismo na Alemanha experimenta clara recuperação, depois de dois anos consecutivos de crise iniciada com o 11 de setembro. Apesar do terrorismo internacional, o setor não vê ameaça às perspectivas para 2004.

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Atração turística - lago ChiemseeFoto: AP

As estatísticas do segundo semestre de 2003 mostram que o turismo na Alemanha já passou o pior da crise. E o setor espera um crescimento considerável em 2004, pela primeira vez desde o 11 de setembro. Os números mostram claramente que a situação econômico-social na Alemanha está afetando muito mais o turismo interno do que o medo do terrorismo internacional, até porque o país foi poupado até agora do flagelo do terror.

Com base nos dados de que já dispõe, a Central Alemã de Turismo DZT conta em 2003 com um aumento de 1% no número de turistas estrangeiros e pessoas que vêm a negócio à Alemanha. O grupo maior de turistas, constituído por alemães, ao contrário, deverá sofrer uma redução de 1%. Significa que, apesar do crescente número de hóspedes do exterior, o setor continua sofrendo com a fraca demanda interna.

Saindo do fundo do poço

- No cômputo geral, a central espera este ano um total de 315 milhões de pernoites na Alemanha, o que equivale a uma redução de meio por cento. Esta pequena queda significa, porém, que o setor de turismo está saindo do fundo do poço, considerando que esse percentual negativo foi três vezes maior em 2002. Para 2004, os hotéis, pensões, restaurantes e outros negócios do ramo do turismo esperam um aumento do número de hóspedes, pela primeira vez desde o início da crise dois anos atrás.

Dom St. Mauritius und Katharina in Magdeburg an der Strasse der Romantik
Magdeburg, com sua catedral, fica no Leste alemão e na chamada "estrada romântica", um dos roteiros de turismo internoFoto: AP

"Contamos com uma situação muito melhor no ano que vem", disse a presidente da central de turismo, Petra Hedorfer, ao fazer um balanço e apontar perspectivas para o setor, em Frankfurt. Para os três próximos anos, ela prevê crescimento de 2% a 3% do turismo na Alemanha. A situação já começou a melhorar no verão europeu, segundo ela, com um número de pernoites maior que os registrados nos primeiros meses do ano.

Dos 315 milhões de pernoites com os quais a ZDT conta este ano, 277 milhões são de hóspedes alemães. Este último número representa uma redução de 1%, mas é avaliado como bom, considerando a queda de quase 3% no ano passado.

Menos turistas americanos

- O setor deve sua leve recuperação sobretudo ao aumento dos turistas de países vizinhos da Europa Ocidental. Até agosto, chegaram mais 7,5% de suíços e belgas, respectivamente. Por outro lado, o número de turistas dos Estados Unidos na Alemanha diminuiu quase 9% em relação a 2002, quando já foi verificada uma queda considerável, em conseqüência dos atentados. E isto a despeito das campanhas publicitárias. A nova redução é atribuída ao medo do terrorismo, em conseqüência da guerra no Iraque.

A epidemia de pneumonia asiática (Sars) também fez diminuir consideravelmente o número de turistas oriundos da região, como do Japão (menos 15%) e da China (menos 10%).

É a ZDT que propaga a Alemanha no exterior como meta de turismo, sob encomenda do governo em Berlim, e também coordena o marketing das agências alemãs de turismo fora do país.

Estrangeiros & cidades grandes

- Os turistas estrangeiros e pessoas que vêm a negócios para a Alemanha se hospedam principalmente nas grandes cidades, enquanto os turistas alemães preferem os lugares pequenos que são, em sua grande maioria, bonitos e idílicos. Segundo o Departamento Federal de Estatísticas, a metade de todos os turistas de outros países pernoitaram em cidades de mais de 100 mil habitantes, enquanto 50% dos alemães dormiram em lugares de menos de 10 mil habitantes.