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Turquia disposta a comandar tropas de paz no Afeganistão

Neusa Soliz25 de dezembro de 2001

Depois que a Alemanha recusou-se a comandar as tropas de paz que irão proteger o novo governo do Afeganistão, começou a busca. Os ingleses só estarão à frente da missão por três meses.

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Soldado alemão durante treinamentoFoto: AP

A Turquia sinalizou sua disposição a assumir a liderança das tropas internacionais de paz no Afeganistão, depois que a Grã-Bretanha depuser o comando. Os ingleses se prontificaram a comandá-las somente por três meses. A Alemanha não quer substituir a Grã-Bretanha no comando, o que lhe havia sido solicitado. Enviará, contudo, até 1.200 soldados para garantir o estabelecimento do novo governo e início da reconstrução do país.

O equipamento - As Forças Armadas Alemãs estão perfeitamente preparadas para sua próxima missão no Afeganistão. Segundo o presidente da Comissão de Defesa do Parlamento, Helmut Wieczorek, do Partido Social Democrático (SPD), "os soldados estão muito bem equipados". O financiamento também estaria garantido, faltando apenas meios de transporte. Os recursos para a operação sairão do pacote de combate ao terrorismo e, se não bastarem, será necessário recorrer ao orçamento.

O contingente - O deputado do SPD Peter Zumkley, especialista em questões de segurança, acredita que a Alemanha não precisará enviar todos os 1.200 soldados. O número exato será definido na conferência sobre as tropas, que acontecerá nos próximos dias 27 e 28, em Londres.

Reconhecimento - No sábado, partirá a Kabul um grupo de oficiais alemães, que integram uma primeira unidade multinacional de reconhecimento. O comando avançado, de 200 homens, seguirá em janeiro. Zumkley espera que a questão da sucessão dos britânicos no comando seja decidida em janeiro.

O dilema da Alemanha - Embora participe cada vez mais de operações internacionais, o Exército alemão até agora se absteve de desempenhar uma função militar importante, o que não se deve apenas a motivos históricos: um forte engajamento militar da Alemanha acabaria por romper a coalizão dos social-democratas com o Partido Verde, sob a liderança do chanceler federal Gerhard Schröder, que se apoia numa frágil maioria no Parlamento.

Não obstante, o Parlamento alemão aprovou, com os votos da oposição, a participação alemã na tropa de paz de 5.000 homens para o Afeganistão. Sua função é cuidar da segurança do novo governo de transição, que iniciou seu trabalho no último sábado.