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Ucrânia concorda com criação de zona desmilitarizada

22 de julho de 2015

Presidente do país, Petro Poroshenko, anuncia planos para introduzir área de 30 quilômetros livre de armamento pesado em Luhansk. Conflito entre militares e separatistas pró-Russia soma mais de 6.400 mortes.

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Foto: Evgenij Shulko

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou nesta quarta-feira (22/07) planos para introduzir uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros em Luhansk. O acordo entre o governo de Kiev e a liderança dos separatistas pró-russos, efetuado sob mediação de Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e Rússia, estabelce que todos os tanques e artilharia precisam ser retirados da área. A medida tem como objetivo trazer um fim ao "bombardeio permanente".

Poroshenko publicou em sua conta no Twitter a confirmação da criação da zona desmilitarizada: "Instrui o grupo de contato a assinar um acordo sobre a zona de amortecimento, para assegurar que militantes sejam incapazes de bombardear civis pacíficos de Donbass!"

Em Berlim, o governo alemão saudou a iniciativa. No caso de a decisão do presidente ucraniano ser implementada, seria "um grande passo no sentido de um cessar-fogo mais resiliente e sustentável", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.

Bombardeios continuam

Separatistas pró-Rússia estacionado na região vizinha de Donetsk também afirmaram que as armas de calibre inferior a 100 milímetros já tinha sido retiradas da área de três quilômetros da linha do fronte.

Apesar da volta de esperanças com o plano de uma zona desmilitarizada, os bombardeios continuam na região de Donbass. O comando do Exército da Ucrânia acusou os rebeldes pró-russos de dominar várias posições militares usando tanques e granadas – alegações que os separatistas negam.

Desde que o conflito eclodiu no leste ucraniano, em abril de 2014, o governo do país tem controlado apenas partes das regiões de Donetsk e Luhansk. Mais de 6.400 pessoas foram mortas na violência, que trouxe a Ucrânia – já sem muito dinheiro antes do conflito – mais perto da ruína financeira.

UE transfere ajuda financeira à Ucrânia

A União Europeia (UE) anunciou, também nesta quarta-feira, a transferência de 600 milhões de euros em ajuda financeira à Ucrânia. O pagamento foi a primeira parcela de um novo pacote de empréstimos no valor de 1,8 bilhão de euros.

"A transferência de hoje reflete a completa determinação da UE em ajudar a Ucrânia nestes tempos difíceis", disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, em Bruxelas. Kiev recebeu recursos europeus anteriormente, em 2010 e 2014, somando um total de 1,61 bilhão de euros.

Também nesta quarta-feira, Poroshenko nomeou um conhecido voluntário como chefe de governo de Luhansk. Assinando a ordem em transmissão televisiva, Poroshenko disse que Heorhiy Tuka, conhecido por seus esforços ajudando as tropas ucranianas com suprimentos, era um "homem com uma reputação imaculada, intolerante à corrupção e [que tem] a Ucrânia em seu coração".

O ex-executivo da área de telecomunicações substituirá o linha-dura Hennadiy Moskal, que havia decretado que civis não são autorizados a viajar entre as áreas controladas pelos rebeldes e a parte controlada pelo governo da região.

PVafp/dpa