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UE fecha o cerco

(sv)24 de agosto de 2003

Ministro alemão do Interior Otto Schily e seu colega de pasta italiano, Giuseppe Pisanu, iniciam cooperação para combater a imigração ilegal na UE.

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Imigrantes ilegais cruzando o túnel sob o Canal da ManchaFoto: AP

Em um encontro realizado na Sardenha, os dois ministros deram continuidade ao processo de reconciliação diplomática entre Alemanha e Itália, selado com o “café da manhã” que reuniu Gerhard Schröder e Silvio Berlusconi em Verona no último sábado (23/08).

O encontro dos titulares da pasta do Interior foi dominado por um tema: o acirramento das fronteiras externas da União Européia e a implementação de uma política mais austera em relação à imigração ilegal, incluindo novos parâmetros para a deportação de estrangeiros que tiverem pedido de asilo político recusado.

Da Polônia a Espanha, os problemas são comuns a todos: defender as fronteiras nacionais significa defender a Europa, nas palavras do ministro italiano do Interior, Giuseppe Pisanu, que pediu neste domingo (24/08) um maior apoio econômico aos países da UE que se empenham no combate à imigração ilegal.

“Projeto Netuno” - Neste contexto, Pisanu salientou a imoportância do projeto “Netuno”, que estabelece o controle conjunto do Mediterrâneo central e oriental, com uma cooperação entre Itália, Reino Unido, Grécia, Malta, Chipre, Alemanha, França e Holanda.

Segundo noticiou o diário italiano Corriere della Sera, a vigilância terrestre das fronteiras externas da UE poderá ser coordenada pela Alemanha, enquanto Espanha e Grécia ficariam com a organização do controle na região do Mediterrâneo. Questões essenciais em relação ao projeto, como seu financiamento, ainda não foram definidas.

Alguns países da UE já trabalham com acordos bilaterais neste sentido. Já a criação de uma polícia européia de fronteiras, como sugere o ministro alemão Otto Schily, encontra sérias resistências. Outro ponto defendido pelos dois ministros foi a inclusão de dados biométricos nos vistos dos estrangeiros residentes na UE, com a criação de um sistema de identificação acessível em todos os países membros do bloco.

Segundo o semanário Der Spiegel, estrangeiros que precisam de visto para entrar na UE só poderão, no futuro, entrar nos países que pertencem ao Acordo de Schengen após entregarem uma foto e terem suas impressões digitais registradas.