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UE no Kosovo

14 de dezembro de 2007

Líderes políticos da União Européia decidiram-se pelo envio de uma missão civil e de apoio ao Kosovo, informaram fontes da presidência portuguesa da UE após a cúpula em Bruxelas.

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Kosovares querem a independênciaFoto: picture-alliance/dpa

"Tomamos a decisão política de enviar uma missão ao Kosovo, no âmbito da Política Européia de Segurança e Defesa (PESD)", disse o primeiro-ministro português José Sócrates nesta sexta-feira (14/12) após o último encontro de cúpula da União Européia (UE) deste ano, em Bruxelas.

"Este é o sinal mais claro que a União Européia pode dar para mostrar que está preocupada com o futuro do Kosovo, com seu estatuto e o seu papel na região", disse Sócrates na condição de presidente semestral do bloco.

Garantia da paz e da ordem

Segundo a agência alemã de notícias DPA, a missão começará "em breve". Se possível, já após o Natal, 1.800 policiais e juristas deverão ser deslocados ao Kosovo para ajudar a zelar pelo Direito e pela ordem na província separatista sérvia.

A decisão foi mais fácil do que o esperado, disse a chanceler federal alemã, Angela Merkel em Bruxelas. O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, explicou que a missão da UE não visa acelerar a independência do Kosovo. Segundo Merkel, trata-se de um claro sinal à Sérvia, de que a perspectiva européia é possível.

Já o primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, fez duras críticas à decisão. Segundo ele, a missão criará uma marionete da UE em território sérvio. Kostunica considera especialmente ofensivo e inaceitável que à Sérvia seja oferecida como recompensa a adesão acelerada na UE.

Irã e "grupo de sábios"

O impasse no Kosovo foi o tema principal na ordem do dia. Outros assuntos desta última cúpula sob a presidência semestral portuguesa foram o Irã e a constituição de um "grupo de sábios".

Este "grupo de reflexão" será formado por nove membros, tendo à frente o ex-premiê espanhol Felipe Gonzalez . Sua tarefa será elaborar, até meados de 2010, um relatório com "visões" sobre os próximos 20 anos da EU. Vaira Vike-Freiberga, ex-presidente da Letônia, e Jorma Ollila, ex-presidente da empresa finlandesa Nokia, serão seus vice-presidentes.

Quanto ao impasse sobre o programa nuclear do Irã, os países do bloco reiteraram seu apoio "pleno e inequívoco" aos esforços na busca por uma solução de longo prazo. Ações só serão decididas na reunião de ministros das Relações Exteriores da EU, no final de janeiro, com base nas decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas. (rw)