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União Européia recobra ânimo após presidência austríaca

Bernd Riegert (sm)1 de julho de 2006

A Áustria abandona a presidência rotativa da União Européia e entrega o posto aos finlandeses. Após seis meses de mandato, nenhum problema foi resolvido de fato, mas a atmosfera melhorou muito.

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Áustria propaga descontração dentro da UE

O ânimo da União Européia estava nas últimas no final de 2005. O não dos franceses e holandeses brecou a Constituição européia, o financiamento da comunidade se tornou motivo de disputa interna, os países candidatos a ingressarem na UE temiam o adiamento de sua aceitação. Após seis meses de mandato austríaco na presidência da União Européia, os problemas permanecem, mas o clima melhorou muito.

Alemanha e França encarregadas da Constituição

A presidência austríaca da União Européia foi um sucesso. Se a UE fosse uma colônia de férias, com certeza os austríacos poderiam ser considerados os melhores animadores. Com boa vontade e uma certa pressão, eles conseguiram espalhar um pouco de bom humor entre os países-membros. Estava mais do que na hora, após o ano amargo e deprimente de 2005, marcado pelo fracasso da Constituição e pela ineficiência da presidência britânica em resolver o impasse do financiamento da comunidade.

Os austríacos não encontraram uma solução para a crise constitucional da UE, mas conseguiram mover os 25 países membros a explicitarem seu apoio ao documento. E impuseram um cronograma, que atribui à Alemanha e à França – a assumirem a presidência da comunidade em 2008 – a responsabilidade de acelerar o processo constitucional.

Assuntos desagradáveis e problemas insolúveis foram coisas que os austríacos evitaram ou adiaram com toda elegância. Questões como o futuro da Europa ou as fronteiras da comunidade foram levantadas no início do mandato, mas não chegaram a ser respondidas nos seis meses seguintes. Agora, até o fim do ano, a UE terá que determinar as regras da continuidade da expansão para o Leste.

Promessa aos Bálcãs e proximidade da população

Para a felicidade dos países balcânicos, a presidência austríaca conseguiu fazer com que todos os países-membros reiterassem sua promessa de aceitação. Problemas como o esclarecimento do impasse de Chipre e as negociações com a Turquia foram deixados para a presidência finlandesa.

O premiê austríaco, Wolfgang Schüssel, se empenhou em transmitir a atmosfera positiva das cúpulas européias para a população. Com Mozart, cultura, discussões e conferências, a idéia era tornar a Europa mais transparente. Se isso deu certo, não se sabe; futuras enquetes mostrarão.

O governo austríaco não cansou de mostrar seu apoio à "Europa dos projetos", proposta pelo presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso. Mas esta meta é bastante difusa. Como enxugar a máquina da UE, desburocratizá-la e garantir uma melhor cooperação na Justiça – nada disso ficou claro após seis meses de mandato austríaco. Mas na opinião pública, a Áustria foi apreciada como uma liderança descontraída e flexível.