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Parceiras fortes

15 de abril de 2009

Dentro da União Europeia, a Alemanha é uma das principais parceiras do bloco. América Latina é única região fora da Europa em que firmas alemãs ocupam posições-chave em determinados setores industriais.

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Foto: cc-OpenStreetMap-sa-2.0 / DW-Montage

A União Europeia (UE) é a maior potência comercial do mundo, com uma fatia de 20% do mercado global. Após os Estados Unidos, ela é o segundo maior parceiro da América Latina, cujas 20 nações perfazem cerca de 6% do comércio externo da UE.

Comércio com a Alemanha

A Alemanha é o principal parceiro comercial europeu da América Latina, concentrando cerca de um terço do comércio entre a UE e a região. Apesar disso, do ponto de vista do volume, o significado dessas transações é marginal para o país.

As exportações para a América Latina (excluído o México) perfazem apenas 1,5% do total alemão, inferior, por exemplo, às vendas para a Suécia (2,2%). Os países do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta: Estados Unidos, Canadá e México) abarcam 8,9%.

Handelsbeziehungen Lateinamerika Infografik 2 Import und Export

O mesmo se dá no tocante às importações para a Alemanha: cerca de 2% vêm dos países latino-americanos (excluído o México), contra 7% do Nafta.

Diversificação de risco

A importância do subcontinente para a Alemanha reside sobretudo na dinâmica: a taxa de crescimento do comércio alemão com a América Latina se caracteriza por valores acima da média. Por isso, não deve ser subestimado.

O Brasil está entre os 15 mais relevantes parceiros das exportações alemãs. Dessa forma, juntamente com outras nações emergentes, ele contribui para uma diversificação de risco, reduzindo a dependência alemã em relação a outros países de destino.

A América Latina é também uma localização importante para empresas alemãs. Com um volume de produção de cerca de 60 bilhões de euros, ela é também a única região fora da Europa em que firmas do país ocupam posições-chave em determinados setores industriais.

Eu-Importe und EU-Exporte aus und nach Lateinamerika nach Produkten Infografik 3 Sprache portugiesisch

Nas maiores economias latino-americanas (Brasil e México), subsidiárias alemãs são responsáveis por aproximadamente 5% do PIB e por 15% da riqueza gerada no setor industrial brasileiro.

Autonomia nacional

Ainda há alguns anos, a UE tentava fechar parcerias econômicas regionais com os blocos emergentes. Atualmente, há poucas esperanças de chegar a resultados positivos. As negociações com o Mercosul ou com os signatários do Pacto Andino, por exemplo, estão praticamente congeladas.

Nos últimos cinco anos, os países latino-americanos têm se visto cada vez menos como um espaço unificado, enfatizando a forte autonomia dos Estados nacionais. Isto dificulta a negociação de novas parcerias.

Tanto o Chile quanto o México assinaram tratados de livre comércio com a UE, também extensivos aos investimentos. Os acordos trouxeram um crescimento do comércio bilateral de 250% (Chile) e 70% (México), respectivamente.

Investimentos

A América Latina é aberta a investimentos estrangeiros. A UE é a maior responsável por investimentos estrangeiros diretos na região, num total 400 bilhões de euros, ou seja 12% de seus investimentos diretos totais feitos no exterior.

Die wichtigsten Handelspartner der EU Infografik 1 portugiesisch

O Banco Europeu de Investimentos (BEI) previu uma verba de 2,8 bilhões de euros para a América Latina, entre 2007 e 2013. Ela se destina, em primeira ordem, a projetos ambientais (inclusive para minorar os efeitos do aquecimento global) e de segurança energética.

A União também se beneficia de investimentos diretos latino-americanos, sobretudo do Brasil, Chile e Venezuela, embora em proporção reduzida.

Autor: Pablo Kummetz
Revisão: Roselaine Wandscheer