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Usuários da DW-World defendem proibição de filmes e jogos violentos

Laís Kalka15 de maio de 2002

Resultados de nossa pesquisa de opinião apontam certo consenso, mas também divergências entre as opiniões dos brasileiros e dos alemães.

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Desejo de proibição é comum a brasileiros e alemãesFoto: AP

Mais de 300 usuários da DW-World participaram de nossa pesquisa de opinião motivada pela chacina de 26 de abril em Erfurt, no leste da Alemanha, quando um ex-estudante matou 16 pessoas e se suicidou em seguida, no ginásio do qual fora expulso alguns meses antes.

O fato de o rapaz de 19 anos treinar regularmente num clube de tiro ao alvo e ser apreciador de videogames violentos deu origem a um acalorado debate na Alemanha sobre os possíveis motivos de tal ato insano e as maneiras mais eficazes de prevenir novas chacinas em escolas.

Entre os 309 participantes de nossa pesquisa, o maior grupo – 110 pessoas – manifestou-se a favor da proibição de filmes e jogos violentos. Neste ponto, existe uma concordância com a opinião dominante na Alemanha. Em pesquisa de opinião realizada após o ocorrido em Erfurt, 67% dos entrevistados foram favoráveis à proibição de jogos e vídeos que veiculam a violência.

Bastante representativo é também, entre os participantes brasileiros, o número dos que se preocupam com as perspectivas de vida dos jovens: 80 opinaram que elas precisariam ser melhoradas.

Segue o grupo dos que defendem estruturas menos autoritárias na escola e no lar. Ao todo, 60 pessoas optaram por esta alternativa.

Apenas pouco mais de um décimo dos participantes é a favor do policiamento dentro das escolas. Esta alternativa foi escolhida por 33 pessoas. Em pesquisa realizada na Alemanha, mais de um terço dos entrevistados (34%) foram favoráveis. A realização de controles de segurança nas escolas foi recusada por 65%.

A porcentagem dos que defendem a proibição da venda de armas a menores de 21 anos é relativamente insignificante, entre nossos leitores. Apenas 26 pessoas optaram por esta alternativa.

Já na Alemanha o debate sobre a legislação que regulamenta o porte de armas é o mais acalorado, em especial entre os políticos. Entre estes, há consenso sobre um agravamento da lei, de modo a permitir a compra e o porte de armas somente a maiores de 21 ou mesmo de 25 anos. A idéia é bem recebida também pela população: em pesquisa de opinião, 91% dos entrevistados aprovaram a elevação da idade mínima para 21 anos.