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Varejo espera o Natal com otimismo moderado

Assis Mendonça28 de novembro de 2001

Apesar da crise conjuntural, o comércio varejista tem boa expectativa em relação às vendas de Natal. A introdução do euro e a diminuição das viagens podem influenciar positivamente o comportamento dos consumidores.

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A chegada do euro poderá incentivar os consumidores a uma "despedida do marco"Foto: AP

Apesar da baixa conjuntura econômica atual, o comércio varejista alemão está com boas expectativas de vendas para o Natal. Segundo Hubertus Pellengahr, porta-voz da Confederação do Comércio Varejista Alemão (HDE), não se espera um aumento muito grande em relação ao ano passado, mas acredita-se que o volume dos negócios crescerá: "Estamos esperando um total de vendas da ordem de 24 bilhões de marcos." Isto equivaleria a um por cento mais que em 2000, quando o total das vendas de Natal caiu para 23,7 bilhões.

No ano de 2001, o volume total de negócios do comércio varejista deverá registrar uma estagnação real, ou seja, com a dedução dos aumentos de preços. No ano que vem, a HDE parte do pressuposto de que haverá até mesmo uma redução real da ordem de 1,5 por cento. A má perspectiva econômica de curto prazo faz com que os consumidores se retraiam e passem a comprar quase só o estritamente necessário. Uma exceção neste comportamento é registrada apenas à época do Natal: "Para os presentes natalinos, os consumidores não se mostram tão retraídos e se dispõem a gastar mais dinheiro para a compra de artigos mais bonitos e de alta qualidade", afirma Pellengahr.

Despedida do marco –

A queda dos preços de energia é vista como um aspecto positivo que pode incentivar os consumidores alemães a comprarem mais para as festas de fim de ano. Além disto, o comércio varejista tem esperanças de que a introdução da nova moeda conjunta européia, o euro, a partir de 1º de janeiro de 2002, leve os consumidores a gastar em presentes uma parte das reservas de marco alemão mantidas em casa. Outro fator que alenta as esperanças do comércio varejista é a diminuição do interesse por viagens aéreas, depois dos atentados de 11 de setembro. Muitos consumidores, que aproveitariam os feriados de fim de ano para viagens de turismo, devem abrir mão das férias e gastar o dinheiro reservado para isto no comércio local.

As vendas de Natal representam entre 3,2 e 3,6 por cento do faturamento total do ano para o comércio varejista, sendo por isto extremamente importantes. A fase "quente" do consumo natalino terá início no próximo fim-de-semana. Os horários de funcionamento do comércio varejista são geralmente ampliados nesta época do ano.