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Volkswagen e sindicato entram em acordo

(sv)3 de novembro de 2004

Acordo entre a Volkswagen e o sindicato IG Metall estabelece a garantia de emprego até o ano de 2011. O preço pago por isso é um congelamento de salários por 28 meses.

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Funcionários respiram fundo após longas negociaçõesFoto: AP

Até o dia 31 de dezembro de 2011, estão garantidos os empregos dos funcionários de seis unidades da Volkswagen no oeste alemão. E até o dia 31 de janeiro de 2007, os mesmos não irão receber qualquer aumento de salário. A compensação mínima é o pagamento único no valor de mil euros, agendado para março de 2005.

Após mais de um dia de negociações intensas, quase sem interrupções, a montadora e o sindicato IG Metall conseguiram chegar nesta quarta-feira (02/11) a um acordo que atinge cem mil funcionários em seis unidades da montadora.

Contenção de gastos

Warnstreik VW Wolfsburg
Greve de funcionários da Volkswagen em Wolfsburg, na última terça-feira (02/11)Foto: dpa
"Na Volkswagen, ninguém será demitido até fins de 2011. Além disso, foram definidas várias medidas a respeito de produtos e investimentos nestas unidades", afirma Hartmut Meine, que conduziu as negociações em nome da IG Metall. Os sindicalistas partem do pressuposto de que conseguiram o que queriam: impedir demissões.

O preço pago por isso – o congelamento de salários por 28 meses – é visto pela montadora como uma vitória parcial: "Defendemos a opinião de que devemos assegurar os empregos na Alemanha. Para isso, porém, precisamos conter gastos. Os primeiros passos para isso foram dados", observa Josef Fidelis Senn, que encabeçou as negociações em nome da VW.

Situação dos aprendizes

O acordo regulamentou também a situação dos atuais aprendizes da montadora, que obtiveram garantia de emprego. Do contigente que inicia o aprendizado em setembro de 2005, 85% serão aproveitados e os 15% restantes receberão um contrato por tempo indeterminado em uma das subsidiárias da Volkswagen. "Foram negociações muito pesadas, mas acho que chegamos a um acordo justo", comentou o sindicalista Meine. Até 2011, a montadora pretende reduzir os gastos com recursos humanos em dois bilhões de euros.

Apesar dos problemas, a indústria automobilística ainda continua sendo um dos principais empregadores na Alemanha. Segundo uma estatística da União Européia, o setor empregou no último ano 869.900 pessoas. Em 1980, eram 834.700. O que significa um crescimento de apenas 4% num período de doze anos. Na África do Sul ou na Espanha, por outro lado, o número de funcionários da montadora cresceu sensivelmente no mesmo período.