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Volta à "vida normal"

(sv)15 de julho de 2003

Apesar de continuar sendo um dos grandes problemas na África e no Leste Europeu, a aids mantém-se sob controle na Alemanha. Um dos atuais desafios no país é reintegrar os doentes ao mercado de trabalho.

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Pacientes recuperados: reintegração ao trabalho, apesar da doença

Segundo o Instituto Robert Koch, vivem hoje na Alemanha cerca de 39 mil pessoas infectadas pela aids, cinco mil delas com a doença já manifestada. Um quadro melhor do que há anos atrás, em função da eficácia das novas terapias. A Fundação para o Combate à Aids no país exige do governo, no entanto, um maior engajamento na luta contra a disseminação do vírus fora do país. "A Itália, por exemplo, repassa verbas três a quatro vezes maiores ao Global Fund", aponta Ulrich Heide, da organização alemã.

Novas gerações -

Para a Fundação para o Combate à Aids, um dos pontos críticos é a reintegração dos doentes ao mercado de trabalho. Desde 1996, devido ao sucesso das novas terapias, há um número cada vez maior de pessoas que se recuperam e querem voltar à vida ativa. "Eles definem suas vidas de forma muito mais independente da infecção do que as gerações anteriores de infectados, que, via de regra, contavam com uma morte prematura. A Fundação para o Combate à Aids tenta ajudar os infectados na transição dessa perspectiva para uma nova", conta Heide.

Para isso, a organização alemã fornece aos interessados apoio psicológico e treinamentos especiais sobre as possibilidades oferecidas pelo mercado de trabalho. Nos últimos três anos, foram dispendidos 350 mil euros em projetos de reintegração dos pacientes. Um destes é o Café Hivissimo, de Colônia, um espaço de intercâmbio, onde os interessados são também capacitados para novas atividades.

Perspectiva -

"Pensamos que muitas pessoas que nos procuram não querem um trabalho em tempo integral, mas gostariam de reaprender ou mesmo aprender tarefas simples. Daí pensamos que a gastronomia é um bom setor para isso, onde se pode aprender rápido e onde são oferecidos trabalhos temporários", observa Michael Schumacher, diretor da organização Ajuda Alemã aos Pacientes de Aids (Deutsche Aidshilfe), de Colônia.

Para os que se recuperaram, segundo Schumacher, encontrar um novo emprego significa, além da renda financeira, uma perspectiva de vida, mesmo com a doença.