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Weimar e Jena, cidades de Schiller no Leste alemão

(rw)14 de maio de 2005

Completando a nossa série sobre as principais cidades alemãs na vida de Friedrich Schiller, vamos falar dos locais vividos pelo poeta e dramaturgo no Leste da Alemanha, Bauerbach, Jena e Weimar.

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Museu Schiller, em WeimarFoto: AP

Após 14 dias de detenção e depois de ser proibido de escrever, em 1782, Friedrich Schiller desertou do regimento do Ducado de Württemberg, onde servia como médico, refugiando-se numa propriedade rural em Bauerbach. O dia da chegada do poeta ao lugar, em 23 de dezembro, é lembrado todos os anos com uma grande festa.

A maior parte da curta vida de 45 anos de foi passada em Jena, no Estado da Turíngia. O poeta e dramaturgo alemão viveu e trabalhou aqui entre 1789 e 1799, depois de ser indicado pelo seu amigo Johann Wolfgang von Goethe ao cargo de professor extraordinário para História e Filosofia na Universidade local.

Com o sustento garantido, pode formar uma família. A igreja luterana em que se casou com Charlotte von Lengefeld em 22 de fevereiro de 1790 existe até hoje. O prédio em Wenigenjena, cujas obras foram iniciadas no século 14 e estendendo-se pelos séculos seguintes, serve hoje de testemunho para o desenvolvimento da região.

Casa preservada em Jena

Friedrich Schillers Gartenzinne in Jena
Um busto de Friedrich Schiller na casa do jardim em Jena. Ao fundo, a residência onde morou o poeta com a famíliaFoto: dpa

A pequena cidade de − hoje − quase 100 mil habitantes às margens do Rio Saale é conhecida mundialmente por ser sede da firma Zeiss, de artigos ópticos. Outros aspectos que a tornaram importante foi a vitória de Napoleão contra a Prússia, em 1806, e por sua universidade, onde, aliás, estão matriculados 20% da população da cidade.

Das cinco casas onde Schiller morou em Jena, somente uma resistiu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. A pequena e simples casa em estilo enxaimel foi construída em 1740 sobre um antigo porão e fica dentro de uma área verde, por isso era usada como residência de verão.

Schiller comprou o prédio em 1797 e mandou reformar o térreo para os filhos e empregados, o andar superior para a esposa e, por cima deste, instalou seu local de trabalho. Ali, na rua Schillergäßchen 2, foram escritos Wallenstein, partes dos dramas Maria Stuart e A Virgem de Orleans, além de muitas baladas em companhia de Goethe. Hoje, o prédio naturalmente virou museu, assim como tantas outras casas por onde Schiller passou.

No berço do Classicismo

Weimar
Goethe e Schiller, em WeimarFoto: DW

Weimar foi o centro da via intelectual alemã nos séculos 18 e 19. Não é à toa que esta cidade da Turíngia, berço do Classicismo alemão, atraia interessados na vida e obra de Schiller. Lá estão dois crânios atribuídos ao poeta. Um deles repousa em um representativo caixão de carvalho trabalhado, ao lado do de seu colega Johann Wolfgang von Goethe. O outro, em um simples caixão sem nome.

Schiller havia estado em Weimar pela primeira vez em 1787, onde ficou por dois anos antes de se transferir para lecionar em Jena. Em dezembro de 1799, Friedrich Schiler mudou-se com toda a família para Weimar, onde residiu inicialmente na Windischengasse e, a partir de 1802, na Avenida Esplanada, hoje Schillerstrasse. Na entrada desta casa, estão expostas mais de 600 moedas com o perfil de Schiller, de cidades em que morou ou de cenas de suas peças.