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Yarmouk começa a parecer campo de extermínio, afirma Ban

9 de abril de 2015

"Estado Islâmico" usa moradores como escudos humanos, alerta secretário-geral da ONU. Ban Ki-moon exige fim do confronto no campo de refugiados. Cruz Vermelha pede acesso imediato ao local para ajuda humanitária.

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Foto: picture-alliance/dpa/Y. Badawi

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu nesta quinta-feira (09/04) o fim dos confrontos no campo de refugiados palestinos em Yarmouk, na Síria, além do acesso à ajuda humanitária e a segurança para aqueles que desejam deixar o local. A região foi invadida pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) no início de abril.

"No horror que é a Síria, o campo de refugiados em Yarmouk é o mais profundo círculo do inferno. O campo está começando a parecer um campo de extermínio", descreveu Ban. Os confrontos entre os jihadistas e as forças de segurança que estão do lado de fora colocam em risco à vida de cerca de 18 mil pessoas que moram no local.

O secretário pede ainda que a comunidade internacional use a sua influência para estabilizar a situação, além de possibilitar que os civis presos possam deixar Yarmouk com segurança. "Nós simplesmente não podemos ficar parados, assistindo o desenrolar do massacre", disse e acrescentou que militantes islâmicos estão usando os refugiados, incluindo 3.500 crianças, como escudos humanos.

Além disso, a ONU alertou para a situação dramática em Yarmouk, onde o serviço de abastecimento de água foi cortado e há poucos suprimentos médicos.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também pediu nessa quinta-feira para ter acesso imediato a Yarmouk. "As necessidades humanitárias estão crescendo a cada dia no campo, que tem sido duramente atingido nos quatro anos de conflito e ficado sem ajuda externa por longos períodos", afirmou a organização.

Yarmouk, que já chegou a abrigar aproximadamente 160 mil refugiados palestinos e sírios, está cercada há mais de um ano por combates entre forças governamentais e grupos rebeldes sírios, incluindo a Frente al-Nusra, braço da Al Qaeda na Síria.

CN/afp/ap/dpa