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14 mortos em ataque a acampamento militar no Mali

Lusa | AFP | AP | mjp
27 de janeiro de 2018

É o pior ataque às forças de segurança no país no espaço de um ano, segundo o exército. Autoridades malianas suspeitam que ataque em Tombuctu é da responsabilidade de extremistas islâmicos.

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Foto de arquivo (2013): Soldados malianos em GaoFoto: picture-alliance/AP Photo/J. Delay

As autoridades do norte do Mali informaram que pelo menos 14 pessoas morreram depois de um ataque a um acampamento militar que suspeitam ser da responsabilidade de extremistas islâmicos. O ataque ocorreu este sábado (27.01) na região de Tombuctu, perto da localidade de Soumpi. As Forças Armadas falam numa ação de "terrorismo”.

"As Forças Armadas foram atacadas ao início da manhã em Soumpi. As Forças Armadas lamentam 14 mortos, 18 feridos e danos materiais”, diz o Exército na sua página no Facebook.

Citado pela agência de notícias Associated Press, o porta-voz do exército Diarran Kone confirmou o ataque na região, adiantando que os corpos de 17 atacantes permanecem no local, e garantiu que o acampamento está novamente sob o controlo dos militares.

Presidente cancela participação na cimeira da UA

O ataque ao campo de Soumpi tem lugar dois dias após a morte de 26 civis, incluindo mulheres e crianças, na explosão de uma mina em Boni, no centro do Mali, segundo um relatório das Nações Unidas.

Nigeria Ibrahim Boubacar Keita in Abuja
Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar KeitaFoto: Reuters/A. Sotunde

O presidente maliano, Ibrahim Boubacar Keita, disse na rede social Twitter que cancelou a sua viagem a Addis Abeba, este sábado, para participar na cimeira da União Africana. O chefe de Estado anunciou ainda que vai deslocar-se a Boni ainda hoje.

O Conselho de Segurança da ONU condenou "veementemente o ataque terrorista bárbaro e cobarde", referindo-se ao incidente de quinta-feira.

O norte do Mali era controlado por vários grupos extremistas islâmicos até à realização de uma operação militar liderada pela França, há cinco anos. Os extremistas dispersaram-se, mas continuaram a atacar regularmente instalações militares e elementos das Nações Unidas.

Em junho de 2015, o Governo maliano assinou um acordo de paz com coligações de grupos armados. Mas áreas inteiras do país ainda estão fora do controlo das forças malianas e estrangeiras e são frequentemente alvo de ataques, apesar da assinatura deste texto que visava isolar os radicais islâmicos, mas cuja aplicação acumula atrasos.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU instou unanimemente os signatários do acordo de paz de 2015 a revitalizar o pedido, sob pena de sanções até o final de março. Desde 2015, os ataques alastraram-se para o centro e sul do Mali e já atingiram os países vizinhos, nomeadamente Burkina Faso e Níger.

Diante da deterioração da situação nas fronteiras destes três países, o G5 Sahel reativou em 2017, com o apoio da França, o seu projeto conjunto de combate ao extremismo islâmico, inicialmente lançado em novembro de 2015. Além do Mali, o G5 Sahel inclui a Mauritânia, o Níger, o Chade e o Burkina Faso.

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