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2016: O ano com mais mortes de refugiados

Lusa | ms
17 de dezembro de 2016

Este ano, 7.189 refugiados e imigrantes ilegais perderam a vida na sua jornada rumo a uma vida melhor. É o número total mais alto já registado pela Organização Internacional de Migrações (OIM).

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Foto: Getty Images/G. Bouys

Os números agora divulgados representam uma média de 20 mortes por dia, o que indica que o número total de falecimentos de refugiados e imigrantes ilegais ainda pode aumentar entre 200 e 300 até o fim do ano, explicou a OIM em comunicado.

"É possível que muitas mortes passem despercebidas e não sejam registadas pelos governos ou pelos agentes humanitários", diz a organização.

Todas as rotas de migração - o Mediterrâneo, o norte e o sul da África, a África central e a fronteira entre México e Estados Unidos - registaram mais falecimentos em 2016 do que em 2015, de acordo com os dados da OIM.

Tal como nos dois últimos anos, as rotas que ligam o norte de África, o Médio Oriente e a Europa contabilizaram 60% das mortes de refugiados e imigrantes ilegais no mundo todo. As rotas do Mar Mediterrâneo foram as mais fatais: 4.812 pessoas morreram ao  tentar atravessá-las

A OIM também denuncia que centenas de imigrantes ilegais e refugiados perderam a vida no continente americano, especialmente na fronteira entre México e Estados Unidos, onde 176 corpos foram encontrados durante o ano. Por outro lado, na América Latina foram contabilizados 90 falecimentos a mais do que em 2015.

Chegadas à União Europeia 

Cerca de 350 mil migrantes chegaram à União Europeia (UE) este ano, representando um declínio acentuado em relação a 2015, quando entrou mais de um milhão de pessoas, disse hoje o chefe da  Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Frontex).

Em entrevista a um jornal alemão, Frabrice Leggeri, diretor-executivo da Frontex, avançou que cerca de 180 mil migrantes chegaram à UE através da Turquia e Mediterrâneo Oriental, enquanto 170 mil entraram através da rota do Mediterrâneo Central da Líbia e do Egito. 

Segundo Leggeri, o acordo entre a UE e a Turquia reduziu o número de migrantes provenientes do Oriente, mas a migração do norte de África subiu 30%. 

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