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Continua a crise na CASA-CE

28 de fevereiro de 2019

Depois de cinco dos seis partidos demitirem o presidente da coligação, Abel Chivukuvuku, agora oito dos 16 deputados, anunciaram a sua desintegração do grupo parlamentar da CASA-CE.

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Angola Luanda Opposition CASA-CE Partei
Foto: DW/M. Luamba

Depois da destituição na terça-feira (26.02.) do presidente da coligaçãoAbel Chivukuvuku e a sua substituição por André Mendes de Carvalho "Miau", os oito deputados independentes anunciaram esta quinta-feira (28.02.) a sua desintegração da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE). Nesse caso o grupo parlamentar fica divido ao meio, sendo que, a segunda maior força política da oposição angolana elegeu 16 deputados nas últimas eleições.

A decisão tomada em conferência de imprensa, vem agudizar ainda mais a crise que começou em maio do ano passado com a publicação do acórdão do Tribunal Constitucional.

Leonel Gomes foi peremptório: a decisão visa representar condignamente os seus eleitores."No intuito de realizar eficazmente o mandato parlamentar que lhe foi sufragado nas eleições de agosto de 2017 e na qualidade de deputados independentes comunicam a sua desintegração do grupo parlamentar da CASA-CE a partir de hoje, dia 28 de fevereiro de 2019".

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Iª Reunião dos Independentistas da CASA-CE, em Luanda (23.02.)Foto: DW/M. Luamba

Dossier entregue no Parlamento

O ainda presidente do grupo parlamentar da CASA-CE André Mendes de Carvalho "Miau", disse esta semana, que vai ser indicado um outro líder em sua substituição. Mas, com este anúncio, não poderá contar com os deputados independentes que, inclusive já remeteram o dossier ao Parlamento angolano.

"Os trâmites correm junto do gabinete de Sua Excelência Fernando da Piedade Dias dos Santos, presidente da Assembleia Nacional em virtude de um conjunto de vicissitudes e problemas que têm desvirtuado de um tempo a essa parte o normal funcionamento dos órgãos da CASA-CE".Espera-se, agora, pelos pronunciamentos de Fernando da Piedade Dias dos Santos sobre a divisão dos deputados eleitos da CASA-CE e do Tribunal Constitucional em relação a demissão de Abel Chivukuvuku que considerouesta quarta-feira o seu afastamento de "ilegal".

Angola: Oito dos 16 deputados da coligação CASA-CE passam a independentes

Terceira via é diferente

Na sua génese, em 2012, a Convergência Ampla de de Angola – Coligação Eleitoral(CASA-CE), era constituída por militantes dos partidos políticos coligados e dos independentes provenientes de outros partidos e de instituições académicas. Quase oito anos depois, a realidade da chamada "terceira via", é diferente: Há os membros da CASA-CE que compõem os partidos coligados e os independentes. Isso deve-se segundo Leonel Gomes a várias razões.

"O desmantelamento dos órgãos eleitos saídos do II congresso da CASA-CE, por parte dos partidos coligados, em clara violação a orientação do tribunal constitucional que impele adequação do conselho presidencial aos estatutos da CASA-CE e não o seu esvaziamento como tem sido feito. A constante chantagem de quem não se filiar aos partidos coligados será expulso da CASA-CE".

Recorde-se, que aos secretários executivos independentes da CASA-CE demitidos das suas funções foram dados um ultimato de 72 hora para a devolução do património da coligação em sua posse. Em comunicado, tornado público esta quarta-feira, avisa-se que quem não devolver esses meios no prazo estabelecido será levado a tribunal.