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Advogado guineense afirma que "vai continuar a lutar"

Lusa
1 de agosto de 2021

Luís Vaz Martins, advogado e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, disse que vai continuar a lutar, depois de ter sofrido tentativa de assassínio ontem, denunciada pela organização.

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Luís Vaz Martins
Foto: DW/B. Darame

"Façam o que fizerem, eu vou continuar com a minha luta", afirmou Luís Vaz Martins. Segundo ele, o que se passou foi "um ato covarde como têm estado a fazer ao longo deste tempo", e "esta é uma mensagem mais forte", salientou.

Questionado sobre se o ataque de que foi alvo está relacionado com alguns processos que tem como advogado, Luís Vaz Martins disse pensar que está relacionada com declarações que fez recentemente ao analisar numa rádio guineense a crise do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15).

O antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos integra o coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro guineense Aristides Gomes e da ex-ministra da Justiça Ruth Monteiro, bem como do líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

Präsident von Guinea-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Atual chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló.Foto: Presidency of Guinea-Bissau

"Controlar todas as entidades"

Numa análise à situação do MADEM-G15, Luís Vaz Martins considerou que a crise daquele partido estava relacionada com as pretensões do atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, de controlar todas as entidades, de imiscuir-se nas questões religiosas e político-partidárias, e que essa não deve ser a conduta de um Presidente da República.

Um grupo de pessoas que seguia numa viatura de matrícula estrangeira embateu três vezes contra o carro onde seguia Luís Vaz Martins com o objetivo de o fazer despistar.

Segundo o advogado, se o despiste tivesse ocorrido podia ter morrido porque seguia a alguma velocidade.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos já denunciou e condenou a tentativa de assassínio, considerando o ato como "covarde e gratuito" ao tentar silenciar "as vozes dissonantes com o propósito de instalar um regime totalitário na Guiné-Bissau".

UM denuncia estado de terror e ditadura na Guiné-Bissau