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Após tratamento médico, Presidente deposto volta ao Mali

AFP
22 de outubro de 2020

Médicos solicitaram a saída de Ibrahim Boubacar Keita do Mali para um tratamento médico nos Emirados Árabes depois de um curto AVC. Derrubado num golpe de Estado, Keita foi saudado por populares ao retornar ao país.

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Mali Ibrahim Boubacar Keita
Foto: AFP/L. Marin

O ex-Presidente do Mali Ibrahim Boubacar Keita - derrubado num golpe militar em meados de Agosto - regressou a Bamako na quarta-feira (21.10) à noite, após uma visita médica aos Emirados Árabes Unidos. A informação foi avançada pela agencia de notícias AFP.

Keita, de 75 anos, foi detido por militares a 18 de agosto, e renunciou à Presidência algumas horas mais tarde. Após duas semanas, a junta militar o autorizou a deixar o Mali a 5 de setembro para receber tratamento nos Emirados Árabes.

O seu avião aterrou e o ex-Presidente foi conduzido por militares à sua residência na capital do Mali. "É o Presidente IBK que acaba de chegar", disse um membro da guarda presidencial do lado de fora da sua casa. Algumas dezenas de residentes locais saudaram-no cantando "Vive IBK" e "Bonne arrivée".

A sua partida para o estrangeiro para tratamento tinha sido solicitada, segundo seus médicos, devido a um curto AVC.

Colonel Malick Diaw
Coronel Malick Diaw divulgou exigências para a liberação de KeitaFoto: Reuters/M. Kalapo

Os militares tinham explicado que tinham autorizado a sua "evacuação médica por razões humanitárias por um período máximo de um mês". O período poderia ser "prorrogável apenas por conselho médico" e "não poderia exceder três meses, caso em que o acompanhamento médico seria feito no Mali".

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "compromete-se a assegurar o regresso do ex-Presidente Ibahim Boubacar Keia imediatamente após a sua estadia médica nas condições acima mencionadas", afirmou numa declaração o Coronel Malick Diaw, o segundo em comando da junta.

Sob pressão da comunidade internacional, os perpetradores do golpe de Estado comprometeram-se a devolver o poder aos líderes civis eleitos no final de um período de transição de até 18 meses.

Foi nomeado um presidente de transição, bem como um primeiro-ministro, ambos civis. No entanto, os coronéis reservaram posições-chave no governo de transição para si próprios.