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Ataque contra posição militar no Mali deixa 54 mortos

Lusa | EFE | kg
2 de novembro de 2019

Segundo o Governo, o atentado foi o mais sangrento deste ano e pode ser de autoria de grupos jihadistas. Entre os mortos, está um civil. O Governo ainda tenta identificar os responsáveis.

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Forças de segurança do Mali Foto: Getty Images/AFP/M. Cattani

O ministro porta-voz do Governo do Mali, Yaya Sangaré, afirmou este sábado (02.11) que 54 pessoas, entre elas um civil, morreram durante um atentado contra uma posição militar das Forças Armadas do país.

Dezenas de militares estavam no local no momento do ataque, que ocorreu esta sexta-feira (01.11). A autoria ainda é desconhecida. A posição militar localiza-se em Indelimane, no leste do país.

"Na sequência do ataque à posição das FAMA [forças armadas do Mali] em Indelimane, foram encontrados 54 corpos, incluindo um civil", informou Yaya Sangare numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

Os responsáveis pelo atentado estavam equipados com lança-granadas e fuzis de assalto. O grupo chegou em motos e caminhonetes e abriu fogo por cerca de meia hora, tomando o controle da unidade militar por algumas horas.

Segundo Yaya Sangaré, esta ação é considerada a mais sangrenta deste ano e tem características semelhantes às utilizadas por grupos jihadistas, que estão presentes em grande número no país.

Extremismo

Mali | Soldaten am Flughafen von Mopti
Militares controlam o aeroporto de Mopti no MaliFoto: Getty Images/AFP/M. Cattani

O ministro garantiu que a situação está sob controle, mas não detalhou se houve baixas entre os responsáveis pelo atentado e se algum terrorista foi detido pelas forças de segurança locais.

Ataques terroristas afetam o Mali desde 2012, quando houve um golpe de Estado que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.

Pelo menos 40 soldados foram mortos em dois ataques jihadistas a 30 de setembro, em Boulkessy, e a 1 de outubro, em Mondoro, no sul do país, perto de Burkina Faso, de acordo com as autoridades locais. Este último atentado foi atribuído ao grupo jihadista Ansarul Islam, que atua na região.

Em 2013, a ação dos jihadistas foi limitada por uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas.