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Desastres

Banco alemão apoia reconstrução pós-Idai

14 de maio de 2019

Apoio do banco alemão para o desenvolvimento (KfW) ajudará na reconstrução das zonas afetadas pelo Idai, em Moçambique. Quase metade dos 14 milhões de euros será para a construção de escolas mais resistentes.

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Crianças brincam num centro de acolhimento de vítimas do Idai, na BeiraFoto: Save the Children/Hanna Adcock

O banco alemão para o desenvolvimento (KfW) anunciou esta terça-feira (14.05) uma verba de 14 milhões de euros para ajudar na reconstrução das zonas atingidas pelo ciclone Idai, no centro de Moçambique.

"O KfW apoia a rápida reconstrução de infraestruturas após os ciclones em Moçambique, para que as pessoas afetadas possam sentir o alívio destes efeitos graves das alterações climáticas o mais rapidamente possível. Ao mesmo tempo, as medidas visam atenuar as consequências de futuros eventos climáticos extremos, como inundações e ciclones", disse Joachim Nagel, membro do Conselho Executivo do banco KfW.

Segundo um comunicado do banco, estes recursos serão utilizados especialmente para reconstruir infraestruturas municipais, como sistemas de abastecimento de água potável e estradas em várias comunidades.

Na província de Manica, as centrais hidroelétricas de Mavuzi e Chicamba também serão reparadas com os recursos do KfW. Já na província de Sofala, a cidade da Beira, um dos locais mais destruídos pelo Idai, terá a zona ao longo do rio Chiveve totalmente reflorestada, o que vai ajudar na preservação dos mangais.

Mosambik Zyklon Idai | Zerstörung und Hilfe
Distrito de Búzi, nos arredores da Beira Foto: Reuters/S. Sibeko

Escolas resistentes

Além dessas infraestruturas, um dos focos da ajuda do banco estatal alemão é a reconstrução de escolas resistentes às intempéries. Só na província de Sofala, o ciclone Idai destruiu total ou parcialmente 3.500 salas de aula em cerca de 600 escolas. Por isso, dos 14 milhões de euros oferecidos pelo banco, pelo menos 6 milhões vão ser investidos em escolas.

De acordo com o banco, será aplicado um novo design na construção das escolas, através de telhados mais estáveis, por exemplo, a fim de garantir que o edifício seja mais resistente a futuras tempestades e inundações naquela região.

A cidade da Beira já estava a ser beneficiada por um projeto de barragens financiado pelo banco alemão para o desenvolvimento. Desde 2016, estas barragens evitam inundações durante o período de chuvas fortes e maré alta. Projeto que, segundo o comunicado do banco, evitou estragos priores após a passagem do ciclone Idai na Beira.

Há cerca de um mês, o Governo da Alemanha já havia destinado 50 milhões de euros para ajudar na reconstrução de infraestruturas destruídas pelo ciclone Idai.

Thiago Melo da Silva
Thiago Melo Jornalista da DW África em Bona