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Cabinda: Autoridades em silêncio sobre detenção de ativistas

Simão Lelo
26 de abril de 2023

Continuam detidos em Cabinda os sete ativistas indiciados pelos crimes de associação criminosa, rebelião e auxílio à imigração ilegal. Advogado de defesa diz que tudo fará para restituir a liberdade aos seus clientes.

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Foto: Issouf Sanogo/AFP

Um grupo de ativistas organizou em março um encontro numa instituição de ensino no centro da cidade de Cabinda com o objetivo de trocar experiências sobre ativismo.

O encontro orientado pela organização internacional Conacce Chaplains terminou com uma visita surpresa: a polícia nacional entrou no evento e fez mais de 40 detenções. A maioria foi colocada em liberdade, mas sete ativistas continuam presos desde então.

Jeovanny Ventura, responsável pelo Núcleo de Ativistas de Cabinda, critica o silêncio das autoridades acerca da detenção destes ativistas.

"Estão a sofrer uma pressão psicológica e tentativa de agressão por parte de alguns reclusos, e preocupa-nos a morosidade e silêncio das autoridades", refere à DW.

Advogado trabalha para restituir liberdade

André Mayunda, um dos advogados que acompanha o processo, refere que os seus clientes "foram constituídos arguidos e estão em prisão preventiva, sendo que da comitiva estrangeira, um acabou por ser repatriado pelo facto de ser menor de idade".

Angola | Cabinda Tankstellen
Ruas de Cabinda, AngolaFoto: Simão Lelo/DW

Para André Mayunda, há falta de liberdade em Angola. "Num país sério, justo e democrático, nós não teríamos esses nossos irmãos presos até este momento. Porém, nós faremos o nosso trabalho para devolver a liberdade a esses jovens", reforçou.

Sobre este caso, o Procurador-Geral Adjunto da República, João Luís Freitas, disse que todos os cidadãos que virem os seus direitos violados deverão denunciar essas situações.

"Não nos chegou informação que nos obriga ou que nos pressione a falar em termos de violação de direitos humanos. Se houver, os cidadãos devem reclamar e dizer, para que nós possamos, com as estruturas locais, da procuradoria e do governo, repor a legalidade e respeito ao cidadão", afirmou.

A DW tentou contactar as autoridades locais para esclarecer o assunto, mas não obteve sucesso.

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